5 configurações da BIOS que você NÃO deve alterar no PC

A BIOS (ou UEFI, nos computadores mais modernos) é frequentemente comparada à cabine de comando do seu PC. É lá que o hardware “conversa” com o software antes mesmo do Windows iniciar. Para entusiastas e “overclockers”, é um parque de diversões; para o usuário comum, pode ser um campo minado.

Embora a curiosidade seja o motor da tecnologia, mexer no que não se deve pode resultar em instabilidade, perda de dados ou, no pior cenário, em um componente queimado.

5 configurações da BIOS que você NÃO deve alterar no PC

Quando se trata de BIOS, a melhor dica é: se você não sabe exatamente o que uma função faz, deixe-a no “Auto”. Para te ajudar a manter seu sistema seguro, listamos as configurações que merecem distância.

1. Tensão da CPU (CPU Core Voltage / VCore)

Esta é, talvez, a configuração mais perigosa para iniciantes. A voltagem da CPU determina quanta energia está sendo enviada diretamente ao processador. Aumentar esse valor sem conhecimento técnico pode fritar o chip instantaneamente ou degradar sua vida útil em tempo recorde.

Por outro lado, diminuir demais (undervolting) causará a famosa “Tela Azul da Morte” (BSOD) por falta de energia para processar dados. Especialistas alertam que alterar a voltagem da CPU é um risco desnecessário para quem busca apenas uso cotidiano.

(Imagem: palidachan / Shutterstock.com)

2. Timings e frequência da memória RAM (manual)

É tentador ver opções para aumentar a velocidade da sua memória RAM, mas a configuração manual dos “timings” (os tempos de resposta da memória) é uma arte complexa. Alterar um único número errado pode impedir que o computador sequer ligue (o temido boot loop).

OBS: Ativar o perfil XMP ou EXPO (que são predefinições de fábrica testadas) é seguro e recomendado. O perigo mora na sintonização fina manual sem experiência.

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3. Curvas de ventoinha (fan curves) para “silêncio total”

Ninguém gosta de um PC barulhento que parece um avião decolando. No entanto, entrar na BIOS e desligar ventoinhas ou reduzir drasticamente a velocidade delas para obter silêncio é um erro crasso. Componentes modernos geram muito calor; sem o fluxo de ar adequado, eles entrarão em thermal throttling (redução de velocidade para não queimar) ou o PC desligará sozinho para se proteger.

Placa de circuito eletrônico (Imagem: bearfotos/Freepik)

4. Secure boot (inicialização segura)

Muitos tutoriais antigos na internet recomendavam desativar o Secure Boot para instalar outros sistemas operacionais (como Linux antigamente). Hoje, isso raramente é necessário. O Secure Boot é uma camada essencial de segurança que impede que malwares (rootkits) carreguem antes do Windows. Além disso, desativá-lo pode impedir o funcionamento de jogos populares que exigem essa verificação anti-cheat (como “Valorant”) e é um pré-requisito para o Windows 11.

5. Configurações do TPM (Trusted Platform Module)

O TPM é um chip (físico ou via firmware) focado em criptografia e segurança. Assim como o Secure Boot, ele é obrigatório para o Windows 11. Se você usa criptografia de disco (como o BitLocker), limpar ou desativar o TPM na BIOS pode tornar seus dados permanentemente inacessíveis, pois a chave de segurança estava armazenada ali. Segundo recomendações técnicas, mexer nas chaves do TPM pode gerar dores de cabeça irreversíveis com o sistema operacional.

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