Pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia Rei Abdullah (KAUST), na Arábia Saudita, desenvolveram um modelo matemático para reduzir a interferência do 5G em aeronaves.
O estudo, publicado no IEEE Transactions on Wireless Communications, propõe zonas de exclusão ideais em torno de aeroportos, que preservam o funcionamento dos radioaltímetros — sensores críticos para pousos, decolagens e voos em baixa visibilidade.
Descobertas do estudo
- É a primeira aplicação da geometria estocástica para prever a interação entre sinais 5G e sistemas de aviação.
- O método mostrou que zonas de formato triangular ao redor das pistas minimizam a perda de desempenho da rede, mantendo a segurança aérea.
- Segundo os pesquisadores, o impacto do 5G é inevitável nessas áreas: uma torre dentro da zona reduz a eficiência em até 20%, enquanto três torres podem derrubar o desempenho em 50%.
“O 5G opera quase na mesma largura de banda que os radioaltímetros, o que pode comprometer o sinal. Por isso, são necessárias áreas de exclusão para evitar riscos”, explicou Mohamed-Slim Alouini, professor da KAUST e líder do estudo.
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Estudo pode influenciar normas sobre aviação
A proposta foi elaborada por Safa Khemiri, doutoranda da KAUST, e Mustafa Kishk, ex-pesquisador da instituição e hoje professor na Universidade Maynooth, na Irlanda.
O trabalho, apoiado pela Comissão Saudita de Comunicações, Espaço e Tecnologia, deve servir de referência para reguladores internacionais de aviação e telecomunicações, em meio às restrições já impostas ao 5G próximo a aeroportos em vários países.
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