6 doenças que afetam os pulmões e as diferenças entre cada uma

Os pulmões são essenciais para manter o corpo funcionando, garantindo a entrada de oxigênio e a eliminação de gás carbônico. Quando alguma doença atinge esse sistema, o organismo inteiro sente o impacto, a respiração fica comprometida, o ritmo do corpo muda e atividades simples do dia a dia começam a exigir muito mais esforço. Por isso, condições nesse órgão costumam chamar atenção dos profissionais de saúde e exigem diagnóstico precoce.

Nos últimos anos, a preocupação com doenças pulmonares aumentou, em parte pela poluição, tabagismo, infecções e até mudanças ambientais que favorecem a circulação de fungos e bactérias.

Além disso, muitas enfermidades apresentam sintomas parecidos, como tosse persistente, dificuldade para respirar e cansaço extremo, o que pode confundir quem tenta identificar o problema sozinho. Entender as causas e particularidades de cada condição ajuda a reconhecer riscos e buscar atendimento adequado.

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Ao mesmo tempo, tratamentos evoluíram, novos medicamentos surgiram e hoje há mais ferramentas para controlar, tratar ou até prevenir diversas doenças pulmonares. Na matéria a seguir, você encontra algumas das principais condições que afetam o sistema pulmonar. Confira!

Nos últimos anos, a preocupação com doenças pulmonares aumentou, em parte pela poluição, tabagismo, infecções e até mudanças ambientais que favorecem a circulação de fungos e bactérias.(Imagem: Tattoboo/Shutterstock)

Doenças pulmonares: 6 enfermidades para você entender a causa, sintomas e tratamento

Câncer de pulmão

O câncer de pulmão surge pelo crescimento desordenado de células anormais nos tecidos pulmonares, e é muito associado ao tabagismo, ainda que não fumantes também possam desenvolver a doença por conta da poluição, exposição ocupacional a substâncias tóxicas e histórico familiar. Não é contagioso e costuma evoluir de forma silenciosa, o que torna seu diagnóstico frequentemente tardio. Tosse crônica, dor torácica, falta de ar e perda de peso são sinais comuns, mas variam conforme o tipo de tumor e sua extensão.

O tratamento inclui cirurgia, quimioterapia, radioterapia, imunoterapia ou combinações dessas estratégias, dependendo do estágio da doença. Nas fases iniciais, há mais chances de cura; nos casos avançados, o foco pode ser controlar o câncer e melhorar a qualidade de vida. A prevenção envolve evitar o cigarro, reduzir a exposição à poluição e manter acompanhamento médico em situações de risco. O diagnóstico precoce ainda é o principal fator que muda o prognóstico.

Tuberculose

A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis e é uma doença contagiosa, transmitida por gotículas respiratórias eliminadas quando uma pessoa infectada tosse, fala ou espirra. Ela afeta principalmente os pulmões, mas pode atingir outros órgãos em casos mais graves. Tosse prolongada, febre baixa, suor noturno, perda de peso e cansaço são sinais que merecem investigação, porque a transmissão ocorre principalmente em ambientes fechados e pouco ventilados.

O tratamento é feito com antibióticos específicos durante vários meses, seguindo rigorosamente o esquema recomendado por profissionais de saúde, e a cura depende da adesão correta à medicação. Para prevenção, o Brasil utiliza a vacina BCG em recém-nascidos, que protege contra formas graves da doença. Além disso, ventilação adequada de ambientes, diagnóstico rápido e tratamento de casos ativos são essenciais para reduzir a transmissão.

A tuberculose é causada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis e é uma doença contagiosa, transmitida por gotículas respiratórias. (Imagem: Eduardo Gomes – ILMD/Fiocruz Amazônia)

Pneumonia

A pneumonia é uma infecção nos pulmões causada por bactérias, vírus ou fungos, e se caracteriza por inflamação nos alvéolos, que podem se encher de pus ou líquido. A doença não é necessariamente contagiosa, mas os microrganismos que a causam podem ser transmitidos por gotículas respiratórias. Febre alta, tosse com secreção, dor no peito e dificuldade para respirar estão entre os sintomas mais comuns, e a gravidade pode variar de leve a potencialmente fatal, principalmente em idosos e pessoas com imunidade baixa.

O tratamento depende do agente causador, com antibióticos no caso de origem bacteriana, antivirais quando indicado e cuidados gerais como hidratação, repouso e acompanhamento médico. A prevenção inclui vacinas como a pneumocócica e a da gripe, que reduzem significativamente o risco de complicações. Manter as mãos limpas e evitar contato próximo com pessoas infectadas também ajudam a impedir a transmissão.

Histoplasmose

A histoplasmose é uma infecção fúngica causada pelo Histoplasma capsulatum, encontrado principalmente em solos contaminados por fezes de aves e morcegos. Esse fungo se espalha quando o solo é mexido, e sua inalação pode causar infecção nos pulmões. A doença não é contagiosa entre pessoas e costuma ser mais comum em áreas rurais, cavernas, construções antigas e galpões. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e lembram uma gripe, mas em indivíduos imunossuprimidos pode evoluir para quadros mais graves.

O tratamento vai desde observação, quando a infecção é leve, até antifúngicos específicos para casos moderados e graves. A prevenção envolve evitar exposição a ambientes com acúmulo de fezes de aves ou morcegos e utilizar equipamentos de proteção em atividades de risco. Mesmo que muitas pessoas se recuperem espontaneamente, infecções profundas requerem acompanhamento especializado.

A pneumonia é uma infecção nos pulmões causada por bactérias, vírus ou fungos, e se caracteriza por inflamação nos alvéolos, que podem se encher de pus ou líquido. (Imagem: brgfx/Freepik)

Enfisema

O enfisema é uma doença pulmonar crônica que destrói os alvéolos, reduzindo a capacidade do pulmão de realizar trocas gasosas. Ele faz parte do grupo de doenças conhecido como DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica) e é causado principalmente pelo tabagismo, mas a poluição e exposição prolongada a substâncias irritantes também tem papel importante. A doença não é contagiosa e se manifesta com falta de ar progressiva, tosse crônica e cansaço.

Como se trata de uma condição irreversível, o tratamento busca aliviar sintomas e melhorar a qualidade de vida. Inclui broncodilatadores, corticosteroides inalatórios, reabilitação pulmonar e, em alguns casos, oxigenoterapia. A prevenção mais eficaz é parar de fumar e reduzir exposição a substâncias que irritam os pulmões. Quanto mais cedo a doença for detectada, maiores as chances de desacelerar sua evolução.

Asma

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, que causa episódios de chiado, falta de ar, tosse e aperto no peito. Não é contagiosa e está relacionada a fatores genéticos e ambientais, como alergias, poeira, mudanças climáticas, fumaça e exercícios intensos. O estreitamento dos brônquios ocorre de forma intermitente, o que faz com que os sintomas variem de leves a severos, podendo até exigir atendimento de emergência em alguns casos.

O tratamento envolve o uso de medicamentos controladores, como corticosteroides inalatórios, e broncodilatadores de alívio rápido. Identificar e evitar gatilhos é fundamental para manter a doença sob controle. A prevenção inclui acompanhamento com pneumologista ou alergista, uso regular dos medicamentos prescritos e atualização das vacinas que evitam infecções respiratórias.

A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, que causa episódios de chiado, falta de ar, tosse e aperto no peito. (Imagem: Marko Aliaksandr/Shutterstock)

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