O uso da bucha (ou esponja) de banho é um costume antigo e bastante popular entre os brasileiros. Muitas pessoas acreditam que ela é essencial para a limpeza da pele, mas dermatologistas alertam que o hábito pode ser mais prejudicial do que benéfico.
A seguir, entenda quais são os principais problemas de saúde que o uso contínuo da bucha pode causar e confira as recomendações dos especialistas para manter a pele saudável e protegida.
7 motivos pelos quais a bucha de banho pode prejudicar sua pele
Proliferação de microrganismos

Por ser um objeto poroso e frequentemente exposto à umidade do banheiro, a bucha de banho se torna um ambiente ideal para o crescimento de microrganismos. Estudos mostram que a bucha vegetal pode abrigar bactérias como a Pseudomonas aeruginosa, responsável por causar infecções em humanos e animais.
Esses microorganismos se alimentam das células mortas da pele que ficam presas nas fibras da bucha após o uso. Quando o objeto permanece úmido e sem ventilação, as bactérias se multiplicam e, no banho seguinte, podem se espalhar novamente pelo corpo. Isso eleva o risco de contaminação, especialmente em peles lesionadas ou sensíveis.
Infecções por vírus, fungos e bactérias

O uso constante da bucha pode causar infecções cutâneas e fúngicas, especialmente quando o acessório não é higienizado corretamente. O hábito frequente favorece o surgimento de dermatites infecciosas, que exigem tratamento médico. Fungos causadores de micose e bactérias associadas à foliculite encontram na bucha um ambiente perfeito para se desenvolver.
Em casos mais graves, o atrito pode abrir pequenas fissuras na pele, permitindo a entrada de vírus e bactérias. Por isso, especialistas alertam que o uso exagerado do item deve ser evitado.
Contaminação cruzada

Compartilhar a mesma bucha com outra pessoa é um dos hábitos mais perigosos. Esse tipo de contaminação cruzada permite a transferência de microrganismos entre corpos diferentes, aumentando o risco de infecções por bactérias, fungos e até vírus de pele, como o HPV.
Mesmo dentro de uma mesma família, deve-se evitar o compartilhamento do item. Além disso, especialistas recomendam guardar a bucha fora do banheiro, em um local arejado. Além disso, é importante trocá-la com frequência, especialmente se houver alteração de cor, cheiro ou textura.
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Lesões e microfissuras na pele

O atrito constante da bucha, principalmente das versões vegetais ou sintéticas mais ásperas, pode causar microlesões na superfície da pele. Essas pequenas feridas funcionam como porta de entrada para agentes infecciosos, tornando o corpo mais vulnerável a inflamações e infecções.
A fricção repetitiva também pode provocar erosões cutâneas, resultando em irritação, descamação e sensibilidade excessiva. Mesmo leves, essas lesões exigem cuidados para evitar complicações dermatológicas.
Destruição da barreira cutânea

A pele possui uma barreira natural de proteção composta por lipídios e óleos que impedem a perda de água e o ataque de agentes externos. O uso excessivo da bucha remove essa camada protetora, provocando ressecamento e perda de elasticidade.
Dermatite de contato

Outro problema comum é a dermatite de contato, uma reação inflamatória que ocorre quando a pele entra em contato com substâncias irritantes, inclusive as presentes em buchas mal higienizadas ou fabricadas com materiais sintéticos de baixa qualidade.
A condição pode se manifestar com vermelhidão, coceira e ardência, especialmente em pessoas com pele sensível. Evitar o uso da bucha e optar por sabonetes neutros e suaves ajuda a reduzir significativamente os riscos.
Cuidados e alternativas seguras

Para quem ainda deseja utilizar a bucha, os dermatologistas recomendam algumas precauções:
- Guardar o item fora do box, em local seco e arejado;
- Higienizar com água sanitária diluída (5%) ou colocar no micro-ondas por 20 segundos após o uso;
- Trocar frequentemente: idealmente a cada duas ou três semanas.
Ainda assim, muitos especialistas sugerem abandonar completamente o uso e adotar métodos de limpeza mais seguros. Alternativas incluem luvas antibacterianas, esfoliantes naturais (como açúcar, sal ou aveia) e escovas de cerdas macias que secam rapidamente.
A limpeza do corpo pode ser feita apenas com sabonete suave e as mãos, garantindo uma higiene eficaz sem agredir a pele. Após o banho, é importante secar-se com delicadeza, sem friccionar a toalha.
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