Nem todos os animais podem ser vistos a olho nu. Em diferentes ambientes, existem espécies minúsculas que passam despercebidas, mas estão por toda parte. Elas vivem na água, no solo, em superfícies úmidas e até em lugares extremos.
Apesar do tamanho reduzido, esses organismos apresentam estruturas complexas e modos de vida variados. A seguir, conheça oito animais microscópicos.
8 animais microscópicos para você conhecer
Ácaro da poeira
- Tamanho: 0,2 a 0,3 mm.
Nos colchões, travesseiros e cortinas de praticamente todas as casas do mundo há centenas desses artrópodes invisíveis. “Ácaro da poeira” é o nome popular dado a várias espécies de ácaros microscópicos do gênero Dermatophagoides.
O tamanho médio desses seres varia entre 0,2 e 0,3 milímetro, o que significa que não é possível vê-los a olho nu. Eles apresentam corpo ovalado e transparente.
O ácaro da poeira alimenta-se de fragmentos de pele humana e prefere locais quentes e úmidos. Apesar da má reputação, não morde nem pica: o problema está em suas fezes e restos corporais, que podem causar alergias respiratórias.
Tardígrado
- Tamanho: 0,1 a 1,5 mm.
Capaz de sobreviver a condições extremas, o tardígrado é considerado o animal mais resistente do planeta. Eles são minúsculos e, na maioria das espécies, realmente microscópicos. Mesmo os maiores exemplares dificilmente ultrapassam um milímetro, o que significa que dezenas deles caberiam na ponta de um grão de areia.
As espécies terrestres, que vivem em musgos e líquens, têm o corpo roliço e lembram pequenos ursos, o que lhes rendeu o apelido de “ursos-d’água”. Todos possuem corpo segmentado e oito patas, quase sempre com garras, embora algumas espécies aquáticas tenham ventosas.
Quando o ambiente seca, o tardígrado entra em criptobiose, estado em que o metabolismo quase para, permitindo-lhe resistir ao congelamento, à falta de água, à radiação e até ao vácuo do espaço.
Rotífero
- Tamanho: 0,1 a 0,5 mm.
A maioria das espécies de rotíferos é microscópica, medindo entre 0,1 e 0,5 milímetro. Eles vivem em poças, lagoas, musgos úmidos e outros ambientes aquáticos do mundo todo, incluindo o Brasil, a Europa e a África.
Ao redor da cabeça, esses animais exibem uma coroa de cílios que se move em ondas contínuas, criando a ilusão de rotação. Esse movimento atrai partículas de alimento para a boca e também auxilia na locomoção e na percepção do ambiente.
Assim como os tardígrados, os rotíferos entram em criptobiose. No caso deles, esse mecanismo permite suportar períodos de seca: quando o ambiente perde umidade, o corpo se desidrata quase por completo e volta à vida com o retorno da água.
Loricífero
- Tamanho: 0,1 a 0,5 mm.
Vivendo fixos entre grãos de areia do fundo do mar, principalmente em sedimentos marinhos finos, os loricíferos são animais microscópicos de difícil isolamento, pois costumam morrer quando separados do substrato.
Medindo entre 0,1 e 0,5 milímetro, os loricíferos possuem o corpo protegido por uma estrutura rígida chamada lorica, que funciona como uma armadura.
Eles habitam zonas marinhas profundas, inclusive regiões sem oxigênio, e continuam entre os grupos animais mais misteriosos do planeta.
Halicephalobus mephisto
- Tamanho: 0,5 a 0,56 mm.
Conhecido por ser o animal multicelular mais profundo já encontrado, o Halicephalobus mephisto habita camadas subterrâneas onde antes só haviam sido detectados microrganismos unicelulares, como bactérias e arqueias.
Esse nematódeo suporta temperaturas de até 37 °C, superiores às toleradas pela maioria das espécies do grupo. Ele vive em ambientes com pouco oxigênio e alta pressão, adaptando-se a condições extremas do subsolo.
Seu corpo é cilíndrico, alongado e fino, medindo pouco mais de meio milímetro de comprimento.
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Limnognathia
- Tamanho: 0,1 a 0,15 mm.
O gênero Limnognathia reúne duas espécies de animais microscópicos de água doce: Limnognathia maerski, encontrada na Groenlândia e na Espanha, e Limnognathia desmeti, registrada nas Ilhas Crozet, no oceano Antártico.
Esses animais vivem entre grãos de areia em ambientes frios. O corpo é transparente, alongado e coberto por fileiras de cílios que auxiliam na locomoção e na alimentação.
As espécies de Limnognathia possuem mandíbulas internas extremamente complexas, formadas por várias peças microscópicas capazes de se projetar para fora da boca durante a captura de partículas de alimento.
Quinorrincos
- Tamanho: 0,1 a 1 mm.
Conhecidos como dragões-de-lodo, esses animais do filo Kinorhyncha vivem enterrados em sedimentos marinhos. Medindo entre 0,1 e 1 milímetro, os Quinorrincos têm corpo cilíndrico e alongado, dividido em onze segmentos recobertos por uma cutícula resistente que oferece proteção e sustentação.
A cabeça, retrátil, possui espinhos e placas quitinosas usados para cavar e se mover pelo substrato. Esses animais alimentam-se de detritos orgânicos e microalgas presentes no lodo marinho.
Mesmo microscópicos, os Quinorrincos exibem um grau de segmentação corporal incomum entre os invertebrados, o que os torna importantes para o estudo da evolução dos animais.
Gastrotríquios
- Tamanho: 0,06 a 3 mm.
Microscópicos e transparentes, esses animais do filo Gastrotricha vivem entre grãos de areia e partículas de sedimento em ambientes marinhos e de água doce. O corpo dos gastrotríquios é alongado, achatado na região ventral e coberto por cílios que auxiliam na locomoção.
Na extremidade posterior, esses animais possuem glândulas adesivas que permitem que eles se fixem temporariamente ao substrato. Esses organismos têm ciclo de vida curto e desenvolvimento direto, sem fase larval, contribuindo para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos.
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