Um relatório da empresa de blockchain Chainalysis revelou que um total de US$ 3,8 bilhões (cerca de R$ 19,2 bi) em criptomoedas foi roubado de vários serviços no ano passado, um recorde quando comparado aos US$ 3,3 bilhões de 2021.
O levantamento apontou que a Coreia do Norte foi um dos principais impulsionadores do aumento dos roubos. Sob a atuação dos hackers coreanos, cerca de US$ 1,7 bilhão em criptomoedas foram roubados em 2022, contra US$ 429 milhões no ano anterior.
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“As exportações totais da Coreia do Norte em 2020 totalizaram US$ 142 milhões em mercadorias, então não é exagero dizer que o hacking de criptomoedas é uma parte considerável da economia do país”, observou Chainalysis no relatório.
Em março de 2022, o FBI (Federal Bureau of Investigation) também responsabilizou hackers ligados ao governo norte-coreano por invadir a rede Ronin, do videogame Axie Infinity, e roubar US$ 625 milhões (R$ 2,97 bilhões) em criptomoedas — a ação chegou a ser considerada uma das mais graves da história de roubos de criptos. Em junho, a investigação do departamento concluiu que outro roubo de U$S 100 milhões em criptomoedas na empresa Harmony também estava ligado ao grupo.
Imagem: shutterstock
Segundo o relatório, o principal alvo dos roubos realizados em 2022 foram os protocolos de finanças descentralizadas (DeFi), sistema usado para substituir as instituições financeiras tradicionais por um software, permitindo aos usuários realizar transações diretamente uns com os outros por meio do blockchain, mecanismo de banco de dados avançado que sustenta as criptomoedas.
Os ataques ao DeFi correspondem a 80% de todas as criptomoedas roubadas no ano — os roubos em Axie Infinity e Harmony também foram a partir da invasão desse sistema.
Dos roubos da Axie e Harmony, o FBI conseguiu recuperar US$ 30 milhões em criptomoedas, sinalizando esperança no combate contra as ações. Embora a taxa de ataques hackers contra esse mercado continue alta, agências autorizadas para realizar a aplicação da lei estão expandindo habilidades contra criminosos digitais. Protocolos de segurança nacional também estão sendo reforçados.
Esses esforços, combinados com outras agências que combatem as técnicas de lavagem de dinheiro, “significam que esses hacks ficarão mais difíceis e menos frutíferos a cada ano que passa”, acredita a Chainalysis.
Com informações da CNN
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O post Roubo de criptomoedas atinge valor recorde em 2022 apareceu primeiro em Olhar Digital.