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Mpox: assintomáticos podem transmitir a doença

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Cientistas de todo o mundo estão redobrando os esforços para compreender melhor como age o vírus da mpox. A doença foi recentemente classificada como uma nova emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em função da rápida propagação da variante 1B do vírus, mais contagiosa e que já foi registrada na República Democrática do Congo, além de outros países da África, Ásia e até na Europa.

Transmissão do vírus pode ocorrer antes do surgimento dos primeiros sintomas

Uma das maiores dúvidas diz respeito a forma de transmissão da mpox. Segundo especialistas, a infecção acontece apenas de duas formas.

A primeira é pelo contato direto com a pele infectada. Já a segunda é por meio de objetos e superfícies contaminadas, como roupas, toalhas e outros itens. Nessa situação, o líquido das vesículas que se formam na pele, que contém o vírus, pode se espalhar e infectar outras pessoas através de tecidos e objetos não desinfectados.

Ilustração do vírus da mpox (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

Em ambos os casos, a transmissão pode ocorrer a partir do surgimento dos primeiros sintomas e continuar até que as lesões estejam completamente curadas. No entanto, existem alguns relatos de pacientes que podem espalhar o vírus de 1 a 4 dias antes dos sintomas aparecerem.

Além disso, um recente estudo identificou que é possível que haja transmissão do vírus por pessoas assintomáticas, ou seja, que não apresentam nenhum sintoma da doença e que muitas vezes nem sabem que estão contaminadas.

Segundo o Centro Europeu de Prevenção e Controle das Doenças, entre 1,3% e 6,5% das pessoas infectadas nunca apresentam sintomas. As informações são do G1.

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Sintoma mais comum da doença são as erupções cutâneas (Imagem: Irina Starikova3432/Shutterstock)

O que é a mpox?

A mpox era anteriormente conhecida como varíola dos macacos.

O nome foi alterado pela OMS no final de 2022.

Trata-se de um vírus que causa lesões na pele do rosto, podendo se espalhar para outras partes do corpo, incluindo a região genital.

Outros sintomas incluem febre, fadiga e dores.

A doença foi descoberta pela primeira vez no final da década de 1950.

Desde então, há evidências de que o vírus passou por mutações, principalmente nos últimos três a quatro anos, que permitiram uma transmissão entre humanos com mais facilidade.

Apesar do aumento nas mutações e na transmissão, mais da metade das variantes do vírus detectadas entre 2018 e 2022 são consideradas “silenciosas”, porque não alteram nenhuma das proteínas virais necessárias para escapar das células do nosso sistema imunológico.

A mpox tem transmissão peculiar: depende do contato físico próximo e prolongado.

Ainda não há tratamento específico para doença.

Assim como alguns outros vírus, incluindo a Covid-19, a gravidade depende da idade e condição de saúde da pessoa infectada.

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