A ilha de Creta, localizada na atual Grécia, fascina os historiadores há décadas. A região é o berço da antiga civilização minoica, que surgiu durante a Idade do Bronze e floresceu aproximadamente entre o século XXX e XV a.C. As ruínas dela só foram descobertas no começo do século XX e até hoje vários segredos seguem intrigando a ciência, caso do chamado Disco de Festo.
Inscrições podem ser evidência de uma escrita desconhecida
O objeto é um disco de argila queimado e que conta com inscrições formadas por vários símbolos que nunca foram decifrados
Ele foi encontrado em 1908 nas ruínas de um palácio minoico em Festo, um sítio arqueológico na costa sul de Creta.
Inicialmente, alguns estudiosos pensaram que era uma falsificação, mas diversas análises confirmaram a autenticidade do disco.
Medindo cerca de 15 centímetros de diâmetro, o objetivo apresenta inscrições com duas espirais de símbolos, uma de cada lado.
Pesquisadores acreditam que esta seja uma escrita antiga, mas, apesar das várias tentativas, os símbolos nunca foram decifrados.
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No total, o disco conta com 241 ocorrências de 45 símbolos. Alguns retratam claramente o formato de pessoas, enquanto outros podem representar animais, plantas, armas, ferramentas e outros objetos.
Eles são agrupados em “palavras” por traços verticais, mas nada se sabe sobre como os símbolos soavam ou funcionavam. As primeiras interpretações sugeriram que eles eram uma forma escrita primitiva do grego que descrevia um sacrifício de animal realizado em um templo.
No entanto, uma pesquisa de 2004 sugeriu que o disco na verdade era uma carta sobre uma disputa por terras escrita na língua luvita da antiga Anatólia, atual Turquia. Esta teoria não foi completamente aceita e alguns pesquisadores propõem que a escrita em questão seria a hitita (ou até mesmo o egípcio).
Por fim, também há quem defenda que as inscrições sejam uma oração a uma deusa ou um hino fúnebre, mas escrita em uma língua desconhecida. O mistério permanece. As informações são do Live Science.
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