A Receita Federal apreendeu R$ 920 milhões em produtos eletrônicos em 2024, valor que supera os R$ 179 milhões em cigarros eletrônicos, conhecidos como “vapes”. O balanço foi apresentado nesta quinta-feira (27) em coletiva de imprensa do Fisco.
Em 2023, foram R$ 636 milhões em artigos eletrônicos — o que representa aumento de 44%. No caso dos cigarros eletrônicos, as mercadorias apreendidas naquele ano foram avaliadas em R$ 62 milhões — ou seja, a alta foi ainda mais expressiva, de 57%.
No total, o País teve prejuízos de R$ 3,76 bilhões com as mercadorias contrabandeadas no ano passado. O valor supera a média dos últimos anos, de R$ 3,5 bilhões. Além disso, o comércio ilegal prejudicou 70 mil postos de trabalho, de acordo com o órgão.
- A maioria das apreensões de produtos eletrônicos, assim como ocorre em postos de combustíveis, está relacionada ao tráfico de drogas, segundo a Receita;
- Em uma das apreensões, fiscais encontraram 500 celulares em um avião envolvido com a logística de entorpecentes ilegais, por exemplo;
- “Muitas vezes, é entendido pelo público geral que a infração de contrabando e descaminho seria crime menor. Não é um crime menor. Nós temos dados em relação ao volume financeiro que isso movimenta. E a gente não pode esquecer que as organizações criminosas atuam como multinacionais do crime”, alertou o auditor Mario de Marco.
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Apoio da população contra os vapes
A partir deste ano, o site da Receita Federal terá um painel com informações atualizadas sobre operações, empresas e valores para aumentar a transparência das operações. Assim, segundo o órgão, a população poderá auxiliar no combate ao contrabando.
“A gente busca transparência e conversão maior com a sociedade, de forma que nos ajude na fiscalização e combate desse tipo de atuação criminosa”, explicou Robinson Barreirinhas, secretário especial da Receita Federal. “Queremos afastar a aceitação social que há hoje em relação ao crime de contrabando, grande dificultador do nosso trabalho”, finalizou.
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