Um estudo publicado na revista PLOS Biology revela que uma leve estimulação elétrica cerebral pode impulsionar significativamente o desempenho em matemática — especialmente entre pessoas com dificuldades na disciplina.
Para os pesquisadores, a descoberta foi considerada empolgante, pois oferece novas perspectivas sobre os mecanismos cerebrais por trás da habilidade matemática.

Detalhes do estudo
- A pesquisa, liderada pelo neurocientista Roi Cohen Kadosh, da Universidade de Surrey, analisou 72 estudantes da Universidade de Oxford.
- Aqueles com conectividade neural mais fraca entre regiões-chave do cérebro, como o córtex pré-frontal e o córtex parietal, apresentaram melhora de até 29% após receberem uma técnica indolor de estimulação chamada estimulação transcraniana por ruído aleatório.
- O método parece aumentar a excitabilidade dos neurônios e compensar falhas na comunicação cerebral, elevando o desempenho de participantes com dificuldades a níveis iguais ou superiores aos dos colegas com vantagens biológicas naturais.
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Apoio no aprendizado e possíveis riscos
Segundo os especialistas envolvidos no estudo, os resultados oferecem uma possível ferramenta para reduzir desigualdades cognitivas e otimizar o aprendizado.
No entanto, o estudo também levanta alertas éticos: o risco de que tecnologias como essa fiquem restritas a grupos mais favorecidos, ampliando desigualdades educacionais.
“Se pudermos ajudar cérebros a atingir seu potencial, abrimos portas que hoje estão fechadas”, afirmou Kadosh. Ainda assim, ele pede cautela: a técnica não deve ser usada fora do ambiente clínico ou laboratorial.

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