O Brasil ficou em 12º lugar no Mercado de Segurança Cibernética Global em 2024, segundo o Relatório de Cibersegurança 2025: Panorama e Insights, divulgado pela Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e de Tecnologias Digitais (Brasscom). O país se destaca pela inovação no sistema financeiro, mas também está entre os mais expostos a ataques cibernéticos no mundo.
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Ainda que não figure entre os dez maiores do setor, o Brasil aparece com destaque no ranking que avalia o volume de investimentos em bilhões de dólares. Estados Unidos, China e Canadá lideram a lista nas três primeiras posições.

Brasil aumentará investimentos em cibersegurança
A Brasscom projeta que os investimentos em segurança cibernética no país alcançarão R$ 104,6 bilhões entre 2025 e 2028, representando um crescimento de 43,8%. Apenas em 2025, o setor deve receber R$ 21,6 bilhões.
Na área de segurança da informação, que engloba gerentes e administradores da área, o crescimento médio foi de 16,1% ano a ano. No entanto, esses dados não consideram outras categorias profissionais que atuam na área, como analistas de sistemas e engenheiros da computação.

Para 2025, a expectativa é que mais 30 mil profissionais sejam capacitados por meio do programa Hackers do Bem, conduzido pelo SENAI-SP, RNP, Softex e com apoio do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. O investimento total do programa é de R$ 32,6 milhões.
Brasil é destaque na cibersegurança, pelo bem e pelo mal
Apesar dos avanços, o Brasil também figura entre os países mais atingidos por ciberataques. “O Brasil vive um paradoxo em cibersegurança: enquanto lidera em inovação no sistema financeiro, com soluções como o Pix e um dos Open Bankings mais completos do mundo, também se torna um alvo cada vez mais exposto a ataques cibernéticos”, destacou a Brasscom.
- Em março de 2025, 38% da população brasileira foi vítima de golpe bancário (ou tentativa);
- Foram registradas 60 milhões de tentativas de ataques em 2023;
- O custo médio de uma violação de dados no país foi de US$ 1,36 milhão em 2024.
O relatório conclui que as empresas brasileiras ainda adotam uma postura pouco proativa em relação à segurança digital. O país é visto como um “early adopter, but late finisher” — ou seja, adota rapidamente novas tecnologias, mas demora para concluí-las ou implementá-las de forma estratégica.

A segurança de TI aparece como segunda maior prioridade para empresas em 2025, mas ocupa apenas a quarta posição nas intenções de investimento em tecnologias digitais, indicando uma lacuna preocupante entre percepção e prática.
Golpes cibernéticos mais comuns no Brasil
O phishing continua sendo o método de ataque mais frequente no Brasil. Nele, criminosos criam mensagens falsas (como e-mails ou SMS) para induzir a vítima a clicar em links maliciosos, visitar sites enganosos ou baixar arquivos comprometidos.
Entre os golpes bancários, destacam-se:
- Clonagem ou troca de cartão de crédito – 40%
- Falso contato de familiar/amigo pedindo dinheiro por WhatsApp – 28%
- Falsa central de atendimento solicitando dados – 26%
- Golpe do Pix – 16%
- Uso indevido do CPF via SMS – 11%
Confira o Relatório de Cibersegurança 2025: Panorama e Insights na íntegra.
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