A Logitech é extremamente cobiçada pelo seu extenso portfólio de periféricos gamer de alta qualidade e no Brasil figura entre as marcas favoritas dos consumidores de entrada e topo de linha. No cenário profissional as coisas não são tão diferentes e talvez até mais interessantes para a companhia, que tem um dos melhores teclados para produtividade: o Logitech MX Keys S.
Utilizei o Logitech MX Keys S como meu teclado principal para trabalhar e jogar nas últimas semanas e, assim como eu já esperava, esse é um dos melhores periféricos para trabalhar. Sem tanta pompa ou RGB, o modelo aposta na simplicidade, mas tem preço alto.
Design e construção
Mesmo formato, mesmo visual, o Logitech MX Keys S pode parecer muito pouco quando comparado ao MX Key original e mais antigo. Colocar ambos lado a lado e fazer um comparativo é uma tarefa árdua, já que essencialmente estamos falando do mesmo teclado, mas com algumas leves atualizações.
Seja como for, esse é um periférico no padrão full-size, mas não se trata de um teclado gigantesco, principalmente pelas escolhas de bordas bem arredondadas e a identidade visual limpa. Por definição, é um periférico grandinho, mas nos padrões atuais não é nada incomum.

Visualmente, o que mais chama a atenção é a sua espessura mínima na carcaça e que lembra muito uma única chapa de metal. Na verdade, o corpo desse periférico é primordialmente construído em uma chapa de alumínio bem reforçado, então estamos falando de um produto bem parrudo.
A parte superior tem acabamento em plástico emborrachado com uma ótima textura, e tudo nesse teclado é bem simples. Não há firula, mas também não é um produto sem alma como os teclados de R$ 20 que você comprava na loja de informática. Há charme na simplicidade e no minimalismo, obviamente inspirado no Apple Magic Keyboard.
O espaço traseiro do gadget é liso e não possui nenhuma haste para ajustar a altura, diferente de outros modelos da categoria. Na região inferior, há somente um botão de liga/desliga, além de um canector USB Tipo-C para o carregamento.
Por mais que não seja um periférico gamer, o Logitech MX Keys S tem sua retroiluminação na cor branca. A intensidade não é das mais fortes, mas ajuda a digitar em ambientes escuros, com opção de regulagem flexível.

O periférico apaga as luzes automaticamente para poupar bateria, mas acende quando o usuário aproxima suas mãos perto do produto. Agora, o teclado também responde ao ambiente em que se encontra, ajustando a intensidade caso o local esteja mais claro ou escuro.
Conectividade
Em teclados, um dos aspectos que eu mais prezo são as múltiplas possibilidades para conexão. Nesse sentido, o Logitech MX Keys S não muda tanto em relação ao seu antecessor, e oferece conexão via Bluetooth, ou o dongle na frequência de 2,4 GHz.
Assim como na versão anterior, o teclado continua com três botões específicos para conectar até três dispositivos. Em um cenário hipotético, o usuário pode usar o atalho 1 para se conectar diretamente ao dongle, o 2 para outro computador via Bluetooth, e ainda tem um terceiro disponível caso precise.

O funcionamento desse sistema é muito simples, bastando pressionar um desses atalhos e realizar a conexão rapidamente. É algo surpreendentemente básico, mas que deveria existir em todo teclado wireless que se preze.
É interessante notar que o Logitech MX Keys não funciona totalmente cabeado, ou seja, se o teclado descarregar, não é possível utilizar. O que os usuários fazem é carregar o periférico enquanto usam — e o produto demora até 10 dias para ficar sem carga.
Logitech MX Keys S é bom de usar?
A experiência de uso com o Logitech MX Key S é tudo o que você espera de um teclado profissional de alto nível. Somado a sua construção arrojada e o fato de não haver distrações no periférico, tudo flui muito bem e é gostoso digitar.
Confesso que meu primeiro contato com o teclado não foi dos mais amigáveis, afinal eu já estava há meses usando um modelo topo de linha Razer, o BlackWidow V4 com switches mecânicos amarelos. O modelo da Logitech está mais para um teclado de membrana que utiliza mecanismo de tesoura.
O resultado é um produto de baixo perfil, bem similar às teclas do teclado de um notebook. No entanto, a qualidade desse mecanismo e das teclas é muito superior, atuando com força de operação de 62g e baixa latência, e um ótimo feedback tátil na resposta dos cliques.

As keycaps são bem separadas para evitar duplos cliques, e por mais que tenham construção em plástico ABS, que eu particularmente não gosto, elas não se desgastam com o tempo. Meu MX Keys original já tem cinco anos e todas as teclas continuam bem visíveis.
Uma das novidades do Logitech MX Keys S são algumas teclas de ação, posicionadas sob as teclas de função. Dentre elas estão teclas para mutar seu microfone em reuniões, emojis e ferramentas de ditado.
Esse combo faz com que para atividades profissionais ele seja um baita modelo e torna a experiência de digitação bem prazerosa. Nos games, o produto também se sai bem, mas não é focado neste segmento e pode desapontar quem quer trabalhar durante o dia, e jogar com maior performance durante a noite.
Software
Para o Logitech MX Keys S, eu utilizei o aplicativo Logi Options+, que ainda figura como um dos melhores da categoria. Extremamente simples e sem ser confuso, a aplicação fornece um nível satisfatório de customização para esse periférico.
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Os usuários podem personalizar as teclas de atalho, ajustar configurações da iluminação, adicionar dispositivos, etc. É tudo muito básico, mas feito de maneira competente. Minha única crítica são alguns bugs ocasionais em guias ou tutoriais da primeira vez que você abre o software.

Algo que chega nesta aplicação é a funcionalidade de Smart Actions. Basicamente esse é um conjunto de ferramentas automatizadas que o usuário pode habilitar, como atalho para acessar o Copilot ou Gemini, procurar promoções em lojas, traduzir textos em inglês, correção gramatical, entre outros.
Vale a pena comprar o Logitech MX Keys S?
O Logitech MX Keys S é um dos melhores teclados para uso profissional vendidos no mercado brasileiro. Sua construção, feedback ao digitar, teclas de alta qualidade, boas opções de conectividade e software simples tornam a recomendação muito plausível para esse modelo.

Por ser um dispositivo topo de linha e de uma marca já consagrada, seu preço fica na casa dos R$ 600 a R$ 700, mas não é incomum encontrá-lo por R$ 500, valor que considero o ideal. No entanto, talvez a minha escolha ficasse para o Logitech MX Keys Mini, que é extremamente parecido, mas sem o teclado numérico e consequentemente menor.
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Eu já comprei o MX Keys original em 2020, e comparando ambos os modelos, não vale o upgrade se você já tem a versão antiga, afinal as melhorias são ínfimas. Para quem deseja um modelo totalmente novo, a indicação é certeira, principalmente se você deseja o periférico apenas para trabalho, e não é exigente em games.