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Microsoft diz que sua IA supera médicos em diagnósticos nos EUA

by Fesouza
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A inteligência artificial da Microsoft pode ser mais precisa do que humanos na definição de diagnósticos médicos. Pelo menos é isso o que mostra um estudo realizado pela própria empresa de tecnologia nos Estados Unidos.

O sistema MAI-DxO (Microsoft AI Diagnostic Orchestrator) atingiu 85,5% de acurácia ao analisar 304 casos clínicos complexos ante 20% de índice de acerto de um grupo formado por 21 médicos experientes, segundo artigo publicado no New England Journal of Medicine.

Segundo a empresa, o modelo de IA também reduziu em 20% os custos com exames quando comparado aos médicos humanos — e até 70% em relação a modelos anteriores de IA, como o GPT-3 (com atraso de duas gerações).

Microsoft diz que sua IA supera médicos em diagnósticos nos EUA
Exemplo de diagnóstico realizado pela IA (Imagem: Microsoft/Reprodução)

Alta performance

O MAI-DxO é capaz de processar, em segundos, dados clínicos, exames, diretrizes internacionais e literatura médica especializada. Ferramentas como a OpenEvidence contribuem para o acesso à base mais atual de evidências científicas.

“Embora o MAI-DxO se destaque em lidar com os desafios diagnósticos mais complexos, são necessários mais testes para avaliar seu desempenho em apresentações mais comuns e cotidianas”, diz a Microsoft.

No estudo, os médicos trabalharam sem acesso a colegas, livros didáticos ou mesmo à IA generativa — segundo a empresa, “isso foi feito para permitir uma comparação justa com o desempenho humano bruto”.

Microsoft diz que sua IA supera médicos em diagnósticos nos EUA
Mercado global de IA na área da saúde foi avaliado em US$ 18,7 bilhões em 2023 e deve crescer 37% até 2032 (Imagem: dee karen/Shutterstock)

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O mercado global de IA na área da saúde foi avaliado em US$ 18,7 bilhões em 2023 e deve crescer 37% até 2032, segundo estudo da Global Market Insights. No Brasil, modelos preditivos já são usados em grandes hospitais, como Albert Einstein e Sírio-Libanês.

“A diferença da revolução da IA é que ela não adiciona apenas uma nova capacidade – ela amplifica todas as capacidades existentes simultaneamente. É como se estivéssemos criando um ‘super-estetoscópio’ que não só ouve o coração, mas também analisa padrões, compara com milhões de casos similares e sugere diagnósticos em tempo real”, analisa Kenneth Corrêa, especialista em inovação e diretor de tecnologia da MedGuias. 

Placa com o logo da Microsoft
Microsoft reconheceu limitações do estudo e diz que mais testes são necessários (Imagem: Tada Images / Shutterstock)

A Organização Mundial da Saúde reconhece as possíveis contribuições da IA na área da saúde, mas pondera que os dados usados ​​para treinar a inteligência artificial “podem ser tendenciosos, gerando informações enganosas ou imprecisas, o que representa riscos à saúde, à equidade e à inclusão”.

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