A BP anunciou nesta segunda-feira (4) que recentemente conseguiu perfurar com sucesso o poço exploratório 1-BP-13-SPS no bloco Bumerangue, na Bacia de Santos, a 404 km do Rio de Janeiro, marcando o que a empresa classifica como sua “maior descoberta em 25 anos”. A área é parte do pré-sal brasileiro.
O poço foi perfurado em águas profundas, a 2.372 metros de lâmina d’água, alcançando uma profundidade total de 5.855 metros. A perfuração atingiu um reservatório de carbonato pré-sal com uma coluna de hidrocarbonetos de aproximadamente 500 metros, em uma área estimada em mais de 300 km².
Os primeiros testes indicam a presença de óleo e gás, mas também níveis elevados de dióxido de carbono, o que exigirá análises laboratoriais adicionais para caracterizar a viabilidade econômica do bloco. A BP já planeja novas etapas de avaliação, sujeitas à aprovação regulatória.
“Descoberta significativa” pode impulsionar hub de produção no Brasil, disse Gordon Birrell, vice-presidente executivo de Produção e Operações da BP, em nota. O executivo destacou ainda o potencial do achado. “O Brasil é um país-chave para a BP, e nossa ambição é estabelecer um hub de produção significativo aqui.”
O bloco Bumerangue foi adquirido pela BP em dezembro de 2022, na Primeira Rodada de Oferta Permanente de Partilha de Produção da ANP, sob termos considerados “muito favoráveis”. A empresa detém 100% dos direitos de exploração no local através de uma subsidiária.
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Empresa mira aumento de produção até 2035
Esta é a décima descoberta da BP em 2025, somando-se a achados recentes em Trinidad, Egito, Golfo da América, Líbia, Namíbia e Angola. A companhia planeja elevar sua produção global para 2,3 a 2,5 milhões de barris de óleo equivalente por dia até 2030, com potencial de crescimento até 2035.
No Brasil, além do Bumerangue, a BP é operadora em quatro dos oito blocos offshore que detém. Recentemente, também participou da perfuração de avaliação no bloco Alto de Cabo Frio Central (em parceria com a Petrobras) e planeja explorar o bloco Tupinambá em 2026.
Agora, os próximos passos dependem dos resultados das análises técnicas e das autorizações regulatórias.
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