Quase 80% das empresas usam IA generativa, mas a maioria ainda não vê impacto significativo nos resultados financeiros, revela pesquisa da McKinsey & Company.
O fenômeno é comparado ao “paradoxo da produtividade” do boom dos computadores pessoais: grandes investimentos em tecnologia sem ganhos imediatos em eficiência.
Grandes gastos, retornos mistos
- Os gastos com IA devem chegar a US$ 61,9 bilhões este ano, mas 42% dos projetos-piloto foram abandonados em 2024, apontando obstáculos técnicos e humanos, como resistência de funcionários e falta de habilidades.
- Especialistas alertam que a tecnologia deve passar pelo chamado “fundo do poço da desilusão” antes de se consolidar.
- Algumas empresas já mostram resultados pontuais. A USAA implementou um assistente de IA para 16.000 atendentes, melhorando respostas a clientes, enquanto a Johnson Controls reduziu em até 15 minutos o tempo de reparo de máquinas com um aplicativo de IA para técnicos.
No JPMorgan Chase, 200.000 funcionários usam assistentes de IA para recuperar dados, elaborar relatórios e dar suporte a decisões financeiras, economizando até quatro horas semanais por pessoa. Consultores de investimentos também aceleram recomendações, aumentando vendas e produtividade.
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Sucesso requer paciência
Apesar do progresso, especialistas ressaltam que o sucesso da IA depende de testes e integração cuidadosa. Muitos protótipos são encerrados, mas contribuem com aprendizados incorporados em novos projetos.
Segundo Andrew McAfee, do MIT, “a potência tecnológica não garante transformação imediata”; o impacto real da IA será percebido apenas com o tempo, à medida que empresas descobrirem como aplicá-la de forma eficaz.
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