Há quem ame e há quem odeie a trilogia mais recente de Star Wars. Talvez a única unanimidade dos Episódios 7, 8 e 9 seja o simpático robozinho BB-8.
A pequena máquina rola pelos cenários espaciais da saga cheia de personalidade. Não é comum, no cinema e na literatura, vermos robôs em formato de bola. Hoje, com os avanços da Robótica, temos vários humanoides, como o C3PO, e alguns em formato de torre, como R2-D2. Robôs-bola, no entanto, são raros.
Leia mais
- Os robôs poderão “engravidar” um dia? Acredite, isso está nos planos de uma empresa
- China expande uso de robôs em indústrias e supera rivais
- Brasil vence competição internacional de robótica
A exceção vem da Universidade Texas A&M, nos Estados Unidos. A equipe do professor Robert Ambrose acaba de entregar a terceira geração do seu RoboBall.
À primeira vista, o projeto pode parecer simples demais. Agora, ao ouvirmos os argumentos dos cientistas, entendemos por que essa ideia é uma das melhores dos últimos tempos.

Um robô útil
- O primeiro ponto é que um robô-bola nunca tomba.
- Além disso, o formato pode levá-lo a lugares de difícil acesso para máquinas com pernas, patas ou rodas.
- Pense na areia fofa de uma praia – ou, no futuro, numa profunda cratera lunar.
“Veículos tradicionais param ou tombam em transições abruptas”, explicou Rishi Jangale, outro cientista que participou do projeto. “Este robô consegue sair da água e ir para a areia sem se preocupar com a orientação. Ele vai aonde outros robôs não conseguem”.
- Como dissemos acima, essa já é a terceira geração do RoboBall.
- O RoboBall II é um protótipo de 60 centímetros de diâmetro usado em testes para ajustes finos de potência e algoritmo.
- O RoboBall III, por sua vez, tem 1,8 metro de diâmetro e foi construído com a intenção de transportar cargas úteis, como sensores, câmeras ou ferramentas de amostragem, para missões no mundo real.
Próximos passos
O próximo passo é justamente a missão no mundo real. Os pesquisadores estão planejando levar a máquina para as praias de Galveston, no Texas. O objetivo é ver como ele se adapta em situações cotidianas, além de analisar a transição do movimento da água para a terra.
Também estão previstas provas de flutuabilidade e de velocidade. O RoboBall II conseguiu atingir uma velocidade de 32 km/h no laboratório. Os cientistas acreditam que a nova geração consiga se locomover duas vezes mais rápido em campo livre.
No longo prazo, os especialistas projetam utilizar o robô em áreas de desastre ou até mesmo fora do planeta. A equipe espera que, um dia, o RoboBall seja enviado de um módulo lunar para mapear paredes de crateras íngremes.
Cada bola poderá mapear o terreno, transmitir dados aos operadores e até mesmo implantar instrumentos em locais de difícil acesso. O mesmo vale para áreas que sofreram com catástrofes naturais na Terra:
“Imagine um enxame dessas bolas sendo lançadas após um furacão. Elas poderiam mapear áreas inundadas, encontrar sobreviventes e trazer dados essenciais – tudo isso sem arriscar vidas humanas”, concluiu Jangale.

As informações são do TechXplore.
O post Novo robô em formato de bola parece ter saído de Star Wars apareceu primeiro em Olhar Digital.