A Intel alertou investidores que a entrada do governo Trump em seu capital traz riscos significativos para os negócios. As informações são do Washington Post.
Na semana passada, o presidente Donald Trump anunciou que o governo se tornou o maior acionista da fabricante de chips, com 10% de participação, podendo chegar a 15% caso a empresa não mantenha 51% de suas fábricas nos EUA.
Acordo com riscos
- Em documento enviado à SEC, a Intel disse que a medida pode gerar quedas nas vendas internacionais, litígios e reações negativas de governos estrangeiros, parceiros comerciais, investidores e até funcionários.
- A companhia também reconheceu que o acordo diluirá o valor das ações atuais, já que os papéis serão emitidos para o Departamento de Comércio com desconto.
- Trump, por sua vez, defendeu o negócio em sua rede Truth Social, afirmando que pagou “zero” por ações avaliadas em cerca de US$ 11 bilhões e que pretende repetir acordos semelhantes para fortalecer a economia. “Farei acordos como esse pelo nosso país o dia todo”, escreveu.
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A Casa Branca justificou a medida como uma estratégia de segurança nacional, já que apenas poucas empresas no mundo dominam a fabricação de chips avançados.
A dependência da Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), localizada próxima à China, é vista como um risco em caso de conflito ou desastre.
Políticos criticam a medida
Apesar disso, críticos como o senador Rand Paul classificaram a decisão como “uma ideia terrível”, enquanto o governador da Califórnia, Gavin Newsom, disse que o país se transformava na “república socialista da América” sob Trump.
A transação deve ser concluída nesta terça-feira (25), segundo a Intel, que admitiu não haver precedentes claros para a participação tão relevante do governo em uma empresa privada.
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