A Nvidia fez história ao se tornar, em julho deste ano, a primeira empresa de capital aberto do mundo a atingir a marca de US$ 4 trilhões (R$ 21,8 trilhões) em valor de mercado. Já são dois anos de uma valorização quase ininterrupta das ações da gigante da tecnologia.
Neste período, a receita da fabricante de chips mais do que triplicou e os lucros quadruplicaram. Estas impressionantes marcas são resultado do boom da inteligência artificial. Mas será que ainda há espaço de crescimento?

Crescimento tem desacelerado
O relatório financeiro do segundo trimestre fiscal da Nvidia será divulgado nesta quarta-feira (27) e a expectativa dos investidores é grande. As projeções apontam para um crescimento da receita de 53%, atingindo US$ 45,9 bilhões (R$ 249 bilhões).
A continuidade dos resultados positivos vão além do entusiasmo com a IA. A proximidade do CEO da empresa, Jensen Huang, com o presidente Donald Trump e a recente liberação da venda de chips H20 para a China podem potencializar ainda mais os lucros da companhia.

No entanto, nem tudo são flores. É claro que o crescimento ainda é substancial, mas ele tem desacelerado continuamente. Após cinco trimestres consecutivos de expansão de três dígitos, em 2023 e 2024, o crescimento caiu para 69% neste ano. Isso significa que um novo aumento de mais de 50% é bom, mas não excelente.
Uma das maiores preocupações é com a dependência da empresa dos chamados hiperescaladores, o que deixa a Nvidia vulnerável a mudanças no ambiente macroeconômico e na indústria de inteligência artificial, algo que é muito difícil de prever. As informações são da CNBC.
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Nvidia já está de olho no futuro
- Cofundada por Jensen Huang, em 1993, a empresa nasceu como uma fornecedora de placas gráficas para videogames.
- No entanto, foi a aposta na inteligência artificial que fez a companhia crescer de forma astronômica nos últimos anos.
- Hoje, a Nvidia é referência nos principais modelos de grande linguagem do mundo e tem como clientes as maiores empresas dos Estados Unidos.
- O diferencial dela está no domínio da produção de um tipo de processador chamado GPU, o mais utilizado para o treinamento da IA.
- E a gigante da tecnologia já mira o futuro.
- Recentemente, a empresa tem feito investimentos pesados no setor de robôs humanoides.
- Segundo projeções do Goldman Sachs, este mercado valerá US$ 38 bilhões (mais de R$ 207 bilhões) até 2035.
- E é claro que a companhia não quer ficar de fora.
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