Uma equipe da NASA conseguiu fazer um dos mapeamentos mais completos do oceano, mas o mar – que cobre 70% da superfície da Terra – segue ainda como um mistério para a humanidade. Como a maior parte do oceano é frio e escuro, ele se torna de difícil observação, mas existem algumas tecnologias que têm permitido descobrir cada vez mais o que existe no fundo do mar.
A NASA, de acordo com trabalho publicado neste ano, conseguiu identificar colinas abissais de difícil detecção por não serem tão grandes. As colinas abissais são o principal relevo do oceano e compõem 70% de seu assoalho.
Para chegar a esse resultado, a agência estadunidense utilizou um satélite, o que significa que as observações foram feitas do espaço. O satélite Topografia do Oceano e da Superfície da Água (SWOT) foi uma colaboração entre a agência espacial americana e a francesa, CNES.
Como as colinas abissais têm mais massa do que seus arredores, eles exercem uma força gravitacional mais forte, o que resulta na formação de pequenas e mensuráveis elevações na superfície do mar. Isso permite que os pesquisadores analisem o assoalho oceânico daquela região.

Sistema sonar para mapear o oceano
Mas a maioria do mapeamento do fundo do mar ocorre por meio de navios e tecnologia sonar. De acordo com artigo da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), no século XIX, marinheiros utilizavam cordas com peso para medir a profundidade do mar, mas esse método demandava muito tempo, além de ter maior limitação em águas profundas.
Até que em 1920 surgiu a tecnologia sonar, que significa Navegação e Determinação de Distância por Som. Essa tecnologia funciona da seguinte maneira: o sistema emite um som, e a profundidade em determinado ponto é calculada pela diferença de tempo entre a emissão do som e o recebimento do eco do fundo marinho.

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Na década de 60, outra inovação permitiu mais avanços no mapeamento do oceano. O sistema sonar multifeixe utiliza diversas ondas de som em um padrão similar a um leque com o intuito de obter informações de áreas mais amplas.
Segundo a NASA, navios equipados com sistemas sonares podem trazer medições detalhadas do assoalho oceânico. Por outro lado, apenas 25% do fundo marinho foi mapeado dessa forma. Para entender do que é feito o assoalho oceânico de forma global, satélites têm sido mais empregados. O SWOT, por exemplo, leva 21 dias para cobrir 90% do globo.
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