Entre janeiro e junho deste ano, as empresas relacionadas com jogos online e apostas esportivas faturaram um valor de R$ 17,4 bilhões, segundo dados da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda. Regis Dudena, secretário da pasta, aponta que o caminho agora é “limpar a casa” e evitar mais bagunça no setor.
A fala aconteceu durante uma entrevista ao videocast da Folha, no qual Dudena cita o crescimento descontrolado desses jogos. O secretário sugere que com a nova regulação, o atual governo “precisa resolver essa bagunça”, e a falta de medidas realizadas entre 2019 e 2022 foi responsável pelo problema vivenciado atualmente.
O relatório da secretaria expõe que a média do apostador ativo foi de R$ 983 por semestre, ou seja, algo em torno de R$ 164 mensais. A partir de agora, o SPA deve fazer divulgações periódicas a respeito da evolução do mercado de apostas, e mostrar mais dados a respeito desse mercado para a população entender seu impacto e dimensão.

Os números das bets
Além dos fortes números de receita, a Secretaria de Prêmios e Apostas divulgou um balanço interessante sobre o tipo dos apostadores. Como esperado, 71% é constituído de homens e 28,9% são mulheres. Sobre a faixa etária, boa parte dos apostadores têm entre 31 e 40 anos, constituindo 27,8% do público.
- Em seguida, os que têm entre 18 e 25 anos são 22,4% e entre 25 a 30 são 22,2%;
- Conforme a idade avança, o percentual diminui, como na faixa 41-(16,9%), 51-60 (7,8%) e 61-70 (2,1%);
- Todos os dados englobam 78 empresas autorizadas pelo governo a atuarem no Brasil, constituindo 182 casas de apostas diferentes;
- A média de retorno das apostas fica entre 90 e 93%, com 7% de diferença, que se apresenta como o dinheiro perdido dos apostadores.
Vale lembrar que na última semana, a Secretaria da Receita Federal divulgou que a tributação das bets e loterias rendeu R$ 4,7 bilhões aos cofres públicos. Desse montante, 36% foi destinado ao Ministério do Esporte e comitês esportivos, 28% para o Turismo, 13,6% para segurança pública, 10% para o Ministério da Educação, e somente 1% para a saúde.
Para mais informações sobre bets e casas de aposta, fique de olho no site do TecMundo e lembre-se de jogar com responsabilidade.