O medo da inteligência artificial roubar o seu emprego não é nada novo e um recente relatório da empresa de serviços financeiros, Morgan Stanley, pode aumentar esse receio. Conforme aponta o documento, a adoção de IAs no mundo corporativo pode remodelar o futuro do trabalho e economizar das empresas quase US$ 1 trilhão por ano (R$ 5,4 trilhões).
A pesquisa realizada pela financeira observou o potencial de benefícios com a redução de custos e o aumento de produtividade. É dito que as companhias do S&P 500, índice que reúne as maiores empresas listadas na NASDAQ e NYSE, poderiam acumular benefícios líquidos anuais de aproximadamente US$ 920 bilhões.
Como aponta o Fast Company, que teve acesso ao documento, uma boa parte dessas economias ocorreria por meio da contratação de menos pessoas. Esse processo deve ocorrer de maneira gradual, ao passo que cada vez mais tarefas forem automatizadas e a produtividade dos envolvidos aumentar.

Ao longo prazo, as empresas do S$P 500 poderiam gerar uma criação de valor de mercado entre US$ 13 e US$ 16 trilhões (R$ 70 trilhões).
Como será a adoção de IA nos negócios?
Assim como o relatório da Morgan Stanley sugere, esse fenômeno ocorrerá paulatinamente. De início, as empresas terão algum custo de implementação, e os retornos devem demorar alguns bons anos para aparecer, portanto, não será o processo mágico, simples e rápido que muitos acreditam.
- O levantamento indica que 90% dos empregos serão impactados pela automação e ampliação de IAs até certo ponto;
- Isso não quer dizer, necessariamente, que todos esses empregos vão ficar obsoletos;
- Setores com maior potencial de sucesso são os de distribuição de bens de consumo, varejo, imobiliárias e transporte;
- A área de hardware e semicondutores não deve ter ganhos tão expressivos assim, pelo menos por enquanto.
Apesar das notícias parecerem pouco animadoras, uma pesquisa do MIT aponta que somente 5% das empresas que investem em IA obtêm algum grau de sucesso. Os 95% restantes sequer chegam a implementar os modelos em suas companhias, e seguem com tecnologias mais genéricas, como o ChatGPT.
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