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Lua encerra a semana encontrando as “sete irmãs” Plêiades

by Fesouza
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A uma distância de 444 anos-luz da Terra, há um aglomerado estelar aberto chamado Plêiades, também conhecido como Messier 45 (M45) ou “As sete irmãs”. Nesta sexta-feira (12), elas poderão ser vistas bem próximas da Lua.

Sobre o aglomerado estelar das Plêiades:

  • Trata-se do objeto Messier mais próximo do nosso planeta e um dos mais proeminentes do céu profundo, com magnitude de 1,6;
  • Objetos Messier são regiões do céu profundo inventariadas pelo astrônomo francês Charles Messier no Catálogo de Nebulosas e Aglomerados Estelares, publicado originalmente em 1771, com a última edição realizada em 1966;
  • M45 é vista como uma mancha azulada próximo ao “ombro” da constelação de Touro;
  • Para um observador a olho nu, geralmente as Plêiades aparecem como uma cópia menor da Ursa Maior cercadas por uma nuvem de poeira – um padrão azulado de seis estrelas em destaque (embora haja uma quantidade maior, com mais de 100 estrelas visíveis com telescópio comum entre mais de mil estimadas).
Lua encerra a semana encontrando as “sete irmãs” Plêiades
Aglomerado estelar M45 (Plêiades), que é visto como uma mancha azulada próximo ao “ombro” da constelação de Touro. Crédito: Davide De Martin/ESA/ESO/NASA

Não, você não leu errado: seis estrelas em destaque. Mas, então, por que são chamadas de “As Sete Irmãs”? Você vai saber mais adiante onde está a sétima estrela principal. 

Encontro da Lua com as Plêiades será às escondidas

De acordo com o guia de observação astronômica In-The-Sky.org, a aproximação máxima da Lua com as Plêiades será às 19h10 (pelo horário de Brasília), quando elas estarão a apenas 58,4 minutos de arco de distância.

“Minutos de arco” é uma unidade de medida usada em astronomia para indicar ângulos muito pequenos no céu. Se um arco completo tem 360º, 60 minutos de arco equivalem a um grau. Logo, a distância entre a Lua e as Plêiades durante o encontro será um pouco menor que isso.

No entanto, nesse momento, elas estarão abaixo da linha do horizonte, portanto, não poderão ser observadas. Ainda assim, ao longo de toda a madrugada anterior, entre 0h09 e 5h25, já será possível vê-las bem próximas no céu, sentido norte.

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Configuração do céu no momento em que a Lua e as Plêiades estarão mais altas, às 4h23 da manhã desta sexta-feira (12). Crédito: Stellarium Web

A Lua estará a dois dias da fase minguante, 61% iluminada, em magnitude de -12.3, e a magnitude de M45 será de 1.3, ambas na constelação de Touro. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é esse valor (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o corpo mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

O par não estará perto o suficiente para caber no campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou através de um par de binóculos.

Leia mais:

Onde está a sétima estrela?

Se o aglomerado é visto como um padrão de seis estrelas, por que então ele é chamado de “As Sete Irmãs”? 

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Imagem das Sete Irmãs Plêiades fotografadas da Espanha. Crédito: © Sándor Biliczki via Royal Observatory Greenwich

De acordo com o guia de astronomia Starwalk Space, a razão é que a aparência do céu era diferente nos tempos antigos, quando o nome foi criado. Naquela época, observadores conseguiam ver instantaneamente e a olho nu as sete estrelas principais.

Com o tempo, uma delas desapareceu da vista. A mudança foi causada por Pleione, uma estrela de brilho variável, que mudou de posição no céu com o passar dos séculos. Ela acabou chegando perto demais de Atlas, e ambas são vistas a olho nu como uma só estrela.

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