Muito popular, o Linux é um sistema operacional que pode ser utilizado em diferentes equipamentos, como smartphones e computadores, pois oferece diversos benefícios aos usuários, como flexibilidade e segurança. Apesar disso, o software não é utilizado por todos e, inclusive, está atrás do macOS e do Windows em número de usuários.
Se o Linux é tão amado, por que muitos ainda não o usam?
O Linux conta com uma arquitetura feita para minimizar riscos, sendo muito seguro. Além disso, a estabilidade é outro de seus pontos fortes – ou seja, praticamente não apresenta travamentos.
Outro destaque é sua excelente escalabilidade, o que significa que ele suporta, de forma eficaz, tanto altas demandas quanto reduções de carga. Apesar de ser muito bom, ele não é um sistema operacional muito utilizado em computadores. Veja alguns dos motivos a seguir!
1. O sistema ainda é desconhecido pela maioria das pessoas

Apesar de muitas pessoas utilizarem sistemas baseados em Linux todos os dias, como o Android e o software de roteadores, elas geralmente não sabem da existência desse sistema operacional.
Em comparação ao Windows e MacOS, por exemplo, é muito raro ver comerciais sobre o Linux, banners e outros meios de publicidade. A propaganda do Linux acaba sendo feita mais em canais no YouTube, onde especialistas falam sobre o sistema e até mesmo os próprios usuários em conversas no dia a dia com os amigos ou via redes sociais. Entretanto, isso é pouco em relação aos outros softwares.
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2. O Linux não vem pré-instalado em desktops

Ao responder uma série de perguntas em 2012, Linus Torvalds, criador do Linux, afirmou que o motivo para o sistema operacional não ser mais usado do que o Windows é porque ele não vem pré-instalado em desktops. “Ninguém quer instalar um sistema operacional”, afirmou o engenheiro de software.
Realmente, isso é algo que faz sentido já que o Windows vem pré-instalado na maioria das máquinas disponíveis no mercado, assim como o MacOS nos computadores da Apple.
Algumas fabricantes importantes, como a Dell, já chegaram a fabricar PCs com o Linux pré-instalado. Entretanto, na maioria dos casos, isso era uma solicitação do comprador. Ou seja, foi algo limitado.
3. Fama de difícil usabilidade

Embora o Linux tenha sido criado para uso doméstico, ele passou a receber aporte financeiro de algumas empresas, ele acabou se tornando um sistema especializado para o uso empresarial, por especialistas na área de informática que possuem compreensão sobre linha de comando e desejam usar a ferramenta para a produção de softwares cada vez mais eficazes e escaláveis. Geralmente, esses programas não são fáceis de usar.
Como os desenvolvedores Linux ficaram muito tempo com o foco na linha de comando, o sistema acabou ficando com a fama de ser algo avançado e, consequentemente, difícil de ser usado.
Apesar dessa fama, em 2000, equipes trabalharam na elaboração de interfaces gráficas amigáveis para o Linux, trazendo distribuições como o Ubuntu e Linux Mint. Porém, mesmo assim há muitas pessoas que acreditam que o sistema operacional é difícil de ser utilizado.
4. Compatibilidade

Outro ponto é que ainda existem problemas de compatibilidade nesse sistema operacional, pois alguns jogos e programas não funcionam bem no Linux. No entanto, boa parte dos apps tem bom funcionamento nele.
Os programas da Adobe, por exemplo, não rodam no Linux, o que afasta muitos profissionais da opção por utilizar o sistema.
5. Elevada quantidade de distribuições

Por conta da quantidade de distribuições (distros) diferentes, é comum que usuários iniciantes passem longe do Linux. Isso porque a escolha fica mais difícil e exaustiva.
Além disso, cada distro possui características específicas, e a escolha do software ideal só é feita após diversas análises. Dessa forma, a pessoa pode ficar confusa sobre qual instalar no PC.
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