O TikTok será vendido após um acordo entre os Estados Unidos e a China. A confirmação foi feita hoje (15) por Jamieson Greer, representante comercial dos EUA. Com a negociação, a ByteDance, empresa-mãe do aplicativo de vídeos curtos, transferirá o controle para uma entidade americana.
O secretário do Tesouro, Scott Bessent, comentou o caso. Segundo ele, os envolvidos no acordo já teriam aceitado os termos, mas não daria mais detalhes por se tratar de uma negociação entre duas empresas privadas. A última etapa é a aprovação dos presidentes Donald Trump e Xi Jinping, que deve ocorrer em uma reunião entre ambos.
O fim das extensões de prazo
Em abril de 2024, o então presidente americano Joe Biden assinou uma lei que proíbe que empresas chinesas operem plataformas digitais nos EUA. A medida foi motivada por preocupações de segurança nacional, especificamente em relação à coleta de dados de cidadãos americanos por empresas da China.
Para não ser banido, o aplicativo teria que ser vendido a investidores americanos. A ByteDance, proprietária do TikTok, recorreu à Suprema Corte, que manteve a lei, afirmando que ela não viola a Primeira Emenda da Constituição. A empresa, então, teve nove meses para encontrar compradores.
Embora o prazo original tenha terminado em janeiro, Donald Trump o estendeu após um breve período banido, mesmo tendo dito inicialmente que não faria isso. A mudança de ideia veio após sua campanha ter um bom desempenho com o público jovem, em grande parte por causa do TikTok.
Em abril, um acordo quase foi fechado, mas a ByteDance desistiu por causa do “tarifaço”, que entrou em vigor no mesmo mês. O prazo foi prorrogado mais uma vez, com previsão de término em meados de setembro. Agora, com a negociação perto de ser concluída, o tempo já não é um problema.
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