Cientistas alertam que o lixo espacial pode ser o responsável pela próxima emergência ambiental. Atualmente, existem mais de 130 milhões de fragmentos de detritos maiores que um milímetro orbitando a Terra.
Um dos efeitos desse acúmulo é a maior chance de queda deles no nosso planeta, o que pode acabar gerando transtornos. Para resolver o problema, um poderoso laser foi desenvolvido para rastrear os detritos espaciais.

Tecnologia pode prever colisões com satélites
- As estações de alcance a laser Izaña-1 e Izaña-2 são operadas pela Agência Espacial Europeia (ESA) e fazem parte do Programa de Segurança Espacial do continente.
- Os dois telescópios operam de forma conjunta.
- O Izaña-2 dispara pulsos de laser em um pedaço de lixo espacial, enquanto o Izaña-1 detecta a luz refletida.
- Ao fazer isso, o sistema é capaz de rastrear o caminho dos detritos, mapeando sua órbita e determinando se ele poderia colidir com um satélite, por exemplo.
- Atualmente, a tecnologia funciona de forma semiautomática, mas a ideia é que ela seja completamente autônoma no futuro.
- As informações são do portal Space.com.
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Possíveis efeitos do acúmulo do lixo espacial
A previsão é que cerca 100 mil espaçonaves possam circundar a Terra até o final desta década. A maioria pertencente a um dos projetos de megaconstelação de satélites, como o Starlink, da SpaceX, que estão atualmente planejados ou sendo implantados. Já a quantidade de lixo espacial queimando na atmosfera anualmente deve ultrapassar 3.300 toneladas.
A maioria dos foguetes em uso hoje funciona com combustíveis fósseis e libera fuligem, que absorve calor e pode aumentar as temperaturas nos níveis superiores da atmosfera da Terra. A incineração atmosférica de satélites produz óxidos de alumínio, que também podem alterar o equilíbrio térmico do planeta.

Ambos os tipos de emissões também têm o potencial de destruir o ozônio, o gás protetor que impede que a perigosa radiação ultravioleta (UV) atinja a superfície da Terra. E também podem produzir anomalias significativas de temperatura na estratosfera. Outro efeito deste manto de cinzas metálicas que está se formando na estratosfera como resultado das reentradas dos satélites pode ser a interferência no campo magnético da Terra.
Essas poeiras podem enfraquecer o campo magnético, possivelmente permitindo que uma radiação cósmica mais prejudicial atinja a superfície do planeta. Quanto maior a altitude das partículas de poluição do ar, mais tempo elas permanecerão na atmosfera e mais tempo terão para causar estragos. E o tamanho destas consequências ainda é algo desconhecido.
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