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David Berkowitz: quem é o psicopata que inspirou série da Netflix

by Fesouza
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Poucos nomes ficaram tão gravados na história do crime norte-americano quanto o de David Berkowitz, mais conhecido como “Filho de Sam”. Seus assassinatos em série nos anos 1970 aterrorizam Nova York até hoje e se tornaram objeto de estudos, livros, filmes e documentários. 

Recentemente, o caso voltou aos holofotes com a série da Netflix, Conversando com um serial killer: O Filho de Sam, que analisa em detalhes o impacto psicológico e social dos crimes.

Neste artigo, você vai entender quem foi David Berkowitz, como seus atos mudaram a rotina de milhões de pessoas, e de que forma sua trajetória se transformou em referência para a cultura pop e para produções audiovisuais.

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David Berkowitz, mais conhecido como “Filho de Sam”, teve sua história macabra abordada em série da Netflix (Fonte: Netflix)

Quem foi David Berkowitz, o “Filho de Sam”

David Berkowitz nasceu em 1953, no Brooklyn, em Nova York, e cresceu em uma família adotiva. Durante a juventude, já apresentava comportamentos violentos e um certo isolamento social. 

Em meados da década de 1970, deu início a uma sequência de crimes que chocariam o país: assassinatos e atentados a tiros contra jovens casais e mulheres, geralmente cometidos em carros ou nas ruas da cidade.

Entre 1976 e 1977, Berkowitz matou seis pessoas e feriu outras sete. O padrão de suas ações e a forma como desafiava a polícia e a imprensa o transformaram em uma figura temida e midiática.

Como surgiu o apelido “Filho de Sam”

O apelido “Filho de Sam” surgiu a partir de cartas que Berkowitz enviava à polícia e aos jornais, assinadas com essa identidade. O nome fazia referência a um suposto “Sam”, que ele descrevia como uma figura demoníaca que o ordenava a matar. 

Mais tarde, revelou-se que “Sam” era uma alusão ao cachorro de seu vizinho, que ele dizia estar possuído.

As cartas, com tom perturbador e sarcástico, foram publicadas em jornais, aumentando ainda mais o clima de pânico em Nova York.

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Os crimes de Berkowitz chocaram o mundo, bem como sua comunicação enigmática (Fonte: Netflix)

O impacto do medo em Nova York nos anos 1970

Os assassinatos do “Filho de Sam” coincidiram com um período de crise social e econômica na cidade. Cada novo crime aumentava o pavor da população. Mulheres chegavam a mudar o estilo de cabelo ou evitavam sair à noite para reduzir as chances de se tornarem vítimas.

Bairros inteiros viviam em estado de alerta, e a sensação de insegurança dominava as manchetes. O caso não apenas revelou a vulnerabilidade da polícia em capturar o psicopata, como também expôs o poder da mídia em transformar um serial killer em uma figura quase “mitológica” do crime.

Série da Netflix sobre David Berkowitz

Em julho deste ano, a Netflix lançou a minissérie documental Conversando com um serial killer: O Filho de Sam, composta por 3 episódios. O conteúdo combina entrevistas recentes, gravações inéditas e material de arquivo para revisitar os anos de terror provocados por Berkowitz.

A produção mostra não apenas o perfil psicológico do assassino, mas também o impacto que seus crimes tiveram sobre Nova York. O destaque fica para o efeito coletivo: como o medo alterou o comportamento das pessoas e como a histeria alimentada pela mídia ajudou a construir a lenda do “Filho de Sam”.

Cada um dos 3 episódios conta com uma hora de duração cada.

Séries, filmes e documentários inspirados em Berkowitz

A figura de David Berkowitz foi explorada em diversas produções culturais ao longo das décadas. Alguns exemplos:

  • Summer of Sam (1999), filme de Spike Lee, que mistura ficção e fatos reais, mostrando o impacto dos crimes na comunidade do Bronx.
     
  • Documentários televisivos, como Son of Sam: The Hunt for a Killer (2017), que detalha a investigação policial.
     
  • Episódios de séries policiais e criminais, como Law & Order e Mindhunter, inspirados no perfil psicológico de Berkowitz.

Essas produções ajudam a manter a memória do caso viva, ao mesmo tempo, em que levantam debates sobre violência urbana e o papel da mídia.

A captura e julgamento do “Filho de Sam”

Em agosto de 1977, após meses de investigações, a polícia conseguiu prender David Berkowitz. A captura foi possível graças a uma multa de estacionamento perto de uma das cenas do crime, que levou os investigadores até seu carro.

Durante o julgamento, Berkowitz confessou os crimes e foi condenado a seis penas de prisão perpétua, sem possibilidade de liberdade condicional. Sua confissão e como se apresentou em tribunal apenas reforçaram sua imagem de frieza e manipulação.

A vida de Berkowitz após a prisão

Na prisão, Berkowitz declarou ter se convertido ao cristianismo e passou a se apresentar como “Filho da Esperança”, afirmando estar arrependido de seus atos. Ainda assim, continua cumprindo pena em regime fechado, considerado um dos serial killers mais perigosos da história dos Estados Unidos.

Outras séries sobre psicopatas

Se você gosta de produções criminais que exploram a mente de psicopatas e os impactos de seus crimes, aqui estão cinco indicações além de O Filho de Sam:

Mindhunter (Netflix)

Inspirada em casos reais, mostra os primórdios do FBI no estudo de assassinos em série.

Conversando com um serial killer: Ted Bundy (Netflix)

Documentário sobre outro dos serial killers mais conhecidos dos EUA.

Dahmer: Um Canibal Americano (Netflix)

Minissérie dramática que retrata os crimes de Jeffrey Dahmer.

The Jinx: A Vida e Mortes de Robert Durst (HBO)

Série documental sobre Robert Durst, herdeiro bilionário acusado de múltiplos assassinatos.

Night Stalker: Tortura e Terror (Netflix)

Produção que acompanha a caçada ao serial killer Richard Ramirez, que aterrorizou Los Angeles nos anos 1980.

David Berkowitz, o “Filho de Sam”, deixou uma marca indelével na história criminal norte-americana. Seus assassinatos em série, o clima de pavor em Nova York e o espetáculo midiático em torno de seu nome transformaram o caso em um dos mais emblemáticos dos anos 1970.

Com a série da Netflix Conversando com um serial killer: O Filho de Sam, o público tem a oportunidade de revisitar essa história sob uma nova perspectiva, compreendendo não apenas os crimes, mas também o impacto coletivo que eles provocaram.

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