A chinesa DeepSeek apresentou um novo modelo experimental de sua inteligência artificial. Chamado DeepSeek-V3.2-Exp, ele foi descrito no fórum de desenvolvedores Hugging Face como “um passo intermediário em direção à nossa arquitetura de próxima geração”.
O novo modelo traz diversas melhorias em relação ao anterior. Ele é mais eficiente no processamento de sequências longas de texto, como documentos, códigos e análises de dados. Também oferece vantagens em treinamentos, tornando o processo mais rápido e menos custoso.
Entre os avanços, está o novo mecanismo DeepSeek Sparse Attention, que promete reduzir o custo computacional e aumentar o desempenho em determinados tipos de tarefas, especialmente quando comparado ao modelo anterior, o V3.1-Terminus.
A empresa também anunciou uma redução nos preços de sua assinatura. O custo por 1 milhão de input tokens caiu de US$ 0,07 para US$ 0,028, um desconto de 60%. Já o preço por output token teve queda ainda maior, de 70%, passando a custar US$ 0,042. Com isso, o modelo chinês se torna de 20 a 30 vezes mais barato que o ChatGPT e o Gemini.

Um futuro promissor, um passado polêmico
Esse novo modelo funciona como um aquecimento para a próxima geração da DeepSeek, que promete uma inteligência artificial agêntica, capaz de executar tarefas em nome do usuário sem supervisão direta — como, por exemplo, reservar uma mesa em um restaurante.
No entanto, a empresa tem enfrentado algumas polêmicas recentemente. Segundo uma autoridade dos Estados Unidos consultada pela Reuters em junho deste ano, a DeepSeek estaria fornecendo dados que auxiliam operações militares e de inteligência do governo chinês. A acusação é de que a empresa estaria compartilhando informações de usuários com Pequim de forma voluntária, sem qualquer exigência oficial.
O episódio levou a OpenAI, que recentemente firmou um acordo com o governo americano, a sugerir a Washington D.C. que proíba a IA chinesa no país. A justificativa é que a rival representa riscos à privacidade e à segurança dos usuários.
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