As sanguessugas vivem em ambientes úmidos ou em água doce. Elas são famosas pela capacidade de se alimentar de sangue, sendo amplamente utilizadas na medicina tradicional. Apesar disso, as origens evolutivas destes animais permanecem um mistério.
Segundo os cientistas, os corpos moles destas criaturas raramente fossilizam, o que dificulta um estudo mais amplo sobre elas. No entanto, a descoberta de um fóssil de 437 milhões de anos muda completamente este cenário.
Primeiras sanguessugas são mais antigas do que se pensava
- Em um artigo publicado na revista PeerJ, cientistas descreveram a espécie mais antiga conhecida de sanguessuga.
- O fóssil foi encontrado no condado de Waukesha, em Wisconsin, Estados Unidos.
- A descoberta atrasa em pelo menos 200 milhões de anos as origens desses organismos.
- De acordo com a análise do material de apenas cinco centímetros, o corpo do animal era segmentado e terminava em uma ventosa larga que se assemelha à estrutura adesiva vista nas sanguessugas modernas.
- A equipe batizou o espécime de Macromyzon siluricus.
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Técnica de alimentação diferenciada
Hoje, a maioria das sanguessugas vive em ambientes de água doce. Por conta disso, os cientistas acreditavam que este também era o lar ancestral do grupo. No entanto, o novo estudo revela que o Macromyzon vivia em um ambiente marinho salgado.
Além disso, o antigo animal não se alimentava apenas de sangue. A conclusão foi resultado do local onde o fóssil foi encontrado. Segundo os pesquisadores, os vertebrados eram escassos na região naquela época. Por conta disso, a sanguessuga pré-histórica pode ter engolido presas invertebradas inteiras ou simplesmente aspirado o interior de suas vítimas.
Existem algumas sanguessugas modernas que se ligam aos artrópodes e sugam seus fluidos corporais das membranas macias entre suas placas. Há muitos trilobitas em Waukesha, então achamos que pode ter sido uma fonte bastante viável de alimento.
Danielle de Carle, principal autora do estudo
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