O Google está desenvolvendo uma forma do “Modo IA” do buscador conhecer melhor os usuários, utilizando dados pessoais armazenados em serviços como Gmail e Drive. A confirmação foi feita por Robby Stein, vice-presidente de produto do Google Search, durante entrevista ao Silicon Valley Girl, podcast apresentado por Marina Mogilko.
No programa, a apresentadora questionou se as informações pessoais já poderiam ser utilizadas pela inteligência artificial do buscador. “E sobre informações relacionadas a mim? Porque eu tenho Gmail, tenho meus arquivos no Drive, isso está contido no conhecimento do modo IA?”, perguntou Mogilko.
“Isso é algo que estamos trabalhando”, respondeu Stein. O executivo lembrou que o plano foi anunciado no Google I/O e que os usuários terão a chance de ativar uma personalização aprimorada nos serviços da empresa. “Queremos que as pessoas possam ajudar o Google a ajudar os serviços a saber mais sobre elas, permitindo que a plataforma seja mais útil”, completou.
Apesar do avanço em testes internos, Stein não deu previsão de lançamento. Ele apenas reforçou que a empresa “deu alguns passos” em direção à novidade. Um dos experimentos ocorre no Google Labs, que já permite personalizar recomendações — como resultados de compras e sugestões de restaurantes locais.
Funções ainda são um mistério
Não há detalhes sobre como o “Modo IA” poderá acessar informações pessoais. Uma das possibilidades seria realizar buscas na caixa de entrada do Gmail ou dentro de arquivos no Drive, exibindo dados privados diretamente entre os resultados da pesquisa.
Outra questão sem resposta é se o Google pretende usar esses dados para treinar os modelos de IA da própria companhia.
No fim das contas, todo o processamento das solicitações acontece nos servidores do Google, o que levanta preocupações adicionais sobre segurança. A ampliação do acesso a dados sensíveis aumenta a superfície de ataque para injeções de prompt e outros métodos de exploração, especialmente se não houver higienização adequada das consultas.
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