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Rússia pode enviar mísseis hipersônicos para a Venezuela

by Fesouza
3 minutes read

Em meio às tensões geopolíticas entre EUA e Venezuela, a Rússia pode enviar seus mísseis hipersônicos mais avançados ao país sul-americano.

Chamado de Oreshnik, o armamento já foi utilizado durante um ataque na Ucrânia em 2024, e uma investida em massa seria tão catastrófica quanto uma bomba nuclear.

A ideia surgiu do vice-presidente da comissão parlamentar de defesa da Rússia, Alexei Zhuravlyov, sobre a possibilidade de enviar o armamento ao país aliado. O político também alertou que “os americanos podem ter algumas surpresas” e que não vê “Não vejo obstáculos para fornecer a um país amigo novos desenvolvimentos como o míssil Oreshnik ou, digamos, os mísseis Kalibr, que já provaram ser eficazes.”

Embora possa ser somente um blefe da Rússia, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, teria solicitado ajuda militar para o mandatário russo, Vladimir Putin. Maduro teria pedido um reforço nas vias aéreas do país, além da devolução dos aviões Sukhoi Su-30MK2 que já estão em posse da Venezuela e a aquisição de 14 conjuntos de mísseis, como aponta o The Washington Post.

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Rússia entende que o Oreshnik pode carregar ogivas convencionais e nucleares (Imagem: Olena Bartienieva/GettyImages)

Também foi reportado que Maduro disse à Putin que os caças Sukhoi eram a peça mais importante diante de alguma ameaça de guerra. O presidente da Venezuela também teria solicitado ajuda para outros países aliados, como China e Irã, para a expansão de suas capacidades militares.

O que é o míssil Oreshnik?

Apontando como o míssil hipersônico mais veloz da Rússia, o Oreshnik foi responsável por um ataque na cidade de Dnipro, na Ucrânia, em 21 de novembro de 2024. Esse é um míssil de médio alcance, com capacidade para viajar entre mil e três mil quilômetros, segundo dados do Centro de Controle de Armas e Não Proliferação.

  • As ogivas do míssil podem atingir alvos a uma velocidade de Mach 10, ou seja, de 2,5 a 3 km/s;
  • Vale apontar que ainda há poucos detalhes sobre as informações do míssil, extremamente difícil de ser interceptado;
  • Diferente de outros modelos, essa arma pode carregar várias ogivas em seu interior;
  • O ataque à Dnipro pode ter marcado a primeira vez que uma arma desse tipo foi usada em guerra;
  • Putin insiste que usar diversos desses mísseis em um ataque seria tão devastador quanto uma bomba nuclear;
  • É possível que o equipamento tenha sido criado pelo Instituto de Tecnologia Térmica de Moscou (MIT);
  • O desenvolvimento desse míssil deve ter começado a partir de 2020, pois foi em 2019 que um tratado que permitia a criação desses equipamentos expirou;
  • Chamado de Tratado INF, o acordo almejava reduzir as tensões militares na Europa;
  • Os mísseis Kalibr, também citados pelo político, são modelos de alta precisão disparados de navios, submarinos e caças.

A fala de Alexei Zhuravlyov ocorre em meio às recentes tensões entre a administração Trump e o governo da Venezuela em ações para acabar com o narcotráfico no país sul-americano. No fim de outubro, o Departamento de Guerra dos EUA enviou o maior porta-aviões do mundo para o mar do Caribe, representando uma ofensiva.

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