Descoberto em 3 de janeiro, o cometa C/2025 A6 (Lemmon) parecia, a princípio, que seria visível apenas por telescópios. Mas, para surpresa dos astrônomos, após passar atrás do Sol em agosto, ele reapareceu com brilho intenso, tornando-se o cometa mais luminoso de 2025.
Quase 20 dias após a maior aproximação do objeto com a Terra, neste fim de semana ele atinge o periélio, que é o ponto mais próximo do Sol – antes de se afastar gradualmente, retornando ao Sistema Solar interno somente daqui a quase 1.400 anos.
Em resumo:
- Há algumas semanas, o cometa Lemmon atingiu o pico de brilho e se tornou visível nos céus brasileiros;
- O objeto passou o mais próximo possível da Terra e seguiu rumo ao Sol;
- Ele vai se aproximar da estrela no sábado (8);
- Um novo encontro vai levar mais de um milênio para acontecer (mais precisamente 1.396 anos e 509.984,9943 dias, segundo o site de monitoramento de cometas TheSkyLive).

Cometa Lemmon encanta observadores e rende belas imagens
Quando o cometa Lemmon chegou ao perigeu (menor distância da Terra), em 21 de outubro, ele se tornou facilmente visível no Hemisfério Norte, onde encantou observadores com seu brilho intenso no palco celeste (confira imagens aqui). Na semana seguinte, o objeto teve um pico de brilho e passou a ser observável no Hemisfério Sul, oferecendo um espetáculo raro para quem olhasse para o céu logo após o anoitecer.
Agora, segue em direção ao Sol, com quem tem um encontro relativamente “próximo” no sábado (8). No periélio, o cometa estará a cerca de 79 milhões de quilômetros da nossa estrela (pouco mais da metade da distância entre ela e a Terra).
Segundo a Royal Astronomical Society, este é o cometa mais fácil de observar em 2025, tanto no Hemisfério Norte quanto no Sul. De duas semanas para cá, seu brilho variou entre magnitude 4 e 2,5, o que o coloca entre os objetos celestes de maior destaque no ano.

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Objeto já foi “vítima” do Sol
Um astrofotógrafo capturou vistas espetaculares do vento solar arrancando uma parte da cauda do cometa Lemmon no início de outubro, enquanto o viajante gelado vinha se aproximando da Terra. Relembre o episódio aqui.
Outros cometas também já enfrentaram tempestades solares intensas. Em 2023, o Nishimura (C/2023 P1) teve sua cauda arrancada e depois conseguiu regenerá-la. Poucos meses antes, o C/2022 E3 (ZTF) havia passado por um processo semelhante de desconexão. Mais recentemente, o SWAN (C/2025 R2) foi atingido por ventos solares fortes, reforçando a vulnerabilidade das caudas cometárias diante das tempestades solares.
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