A partir de dezembro, novos celulares Android vendidos no Brasil vão sair da caixa com o chamado “modo ladrão” ativado. O recurso, oficialmente chamado de “Proteção contra Roubo”, usa inteligência artificial (IA) para detectar furtos e bloquear automaticamente a tela do aparelho.
Além disso, o recurso permite acionar um bloqueio remoto de dados, caso o dono tenha o celular levado. A mudança vale para qualquer dispositivo configurado pela primeira vez ou restaurado para o modo de fábrica.
As funções dependem de versões recentes do sistema. A detecção de roubo funciona a partir do Android 10. E novas proteções extras chegam com o Android 11 e com o Android 16.
O objetivo do Google é criar uma defesa em várias camadas para tentar reduzir o impacto dos roubos de celulares no Brasil, um dos líderes globais nesse tipo de crime.
Segundo a empresa, a Polícia Militar de São Paulo já usa o bloqueio remoto. Desde o meio de 2025, a corporação acionou o sistema mais de cinco mil vezes, de acordo com a big tech.
O que é e como funciona o ‘modo ladrão’ do Android
O “modo ladrão” reúne duas proteções principais que passam a atuar de forma automática nos novos celulares Android.

A primeira é o Bloqueio por Detecção de Roubo, que usa IA para identificar movimentos bruscos típicos de um furto – como quando o aparelho é arrancado da mão do usuário e o ladrão sai correndo, de bicicleta, moto ou carro.
Quando o sistema suspeita de um roubo, a tela é bloqueada imediatamente e surge o aviso de que o dispositivo foi travado para proteger os dados.
A segunda camada é o Bloqueio Remoto, que permite ao dono travar o aparelho ou apagar todas as informações à distância, mesmo que não lembre a senha da conta Google.
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Essa função já é usada pela Polícia Militar de São Paulo, informou a empresa, segundo o UOL. A ideia é impedir que criminosos acessem fotos, mensagens, aplicativos bancários ou tentem revender o celular funcionando.
Além disso, versões mais novas do sistema, como o Android 16, trazem proteções adicionais. Uma delas é a exigência de autenticação biométrica para alterar configurações sensíveis quando o celular estiver fora dos “locais de confiança” definidos pelo usuário, como casa ou trabalho.
Outra é a Proteção de Restauração de Fábrica, que impede que o aparelho seja configurado novamente caso alguém tente pular o processo inicial. O dispositivo só volta a funcionar com as credenciais originais do proprietário.
(Essa matéria também usou informações do G1.)
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