As urnas eletrônicas utilizadas nas eleições brasileiras são fundamentais para garantir a agilidade e a segurança do processo eleitoral. Desde a sua introdução, em 1996, essas máquinas revolucionaram a maneira como as eleições acontecem no Brasil, proporcionando rapidez na apuração dos votos e reduzindo as chances de fraudes.
O sistema é amplamente reconhecido e respeitado por sua confiabilidade, sendo um modelo referência para outros países. Vamos entender como funciona a urna eletrônica, explicando seus principais componentes, como ocorre a votação e a apuração, além de detalhar as medidas de segurança que garantem a integridade do processo.
Como funciona a urna eletrônica usada nas votações do Brasil

A urna eletrônica utilizada no Brasil é um dispositivo de votação digital, projetado para facilitar e agilizar o processo eleitoral. Ao contrário dos métodos tradicionais, como a cédula de papel, a urna eletrônica permite que o eleitor registre seu voto de forma rápida e eficiente, sem o risco de erros humanos durante a contagem.
A primeira urna eletrônica foi utilizada nas eleições de 1996, e desde então, o Brasil tem aprimorado constantemente o sistema, tornando-o mais seguro e mais ágil a cada pleito.
Componentes principais da urna eletrônica
A urna eletrônica é composta por diversos componentes essenciais para seu funcionamento correto. Dentre os mais importantes estão:
- Sistema Operacional: um sistema que permite o funcionamento, visualização e execução dos comandos virtuais do dispositivo;
- Aplicativo de Urna: é o software, dentro do sistema operacional, que disponibiliza o programa a que as pessoas têm acesso durante o processo de votação;
- Identificação biométrica: um leitor digital que permite a leitura, identificação, e catalogação da biometria de cada eleitor;
- Dispositivos de segurança: para garantir a integridade do processo, as urnas eletrônicas possuem diversos sistemas de segurança, como criptografia de dados, lacres físicos e biometria. Essas medidas evitam que a urna seja manipulada ou adulterada durante o período de votação;
- Dispositivo de armazenamento: todos os votos são armazenados em cartões de memória que ficam protegidos dentro da urna. Após o fechamento da votação, esses cartões são transportados para a apuração dos votos.
- Tela e teclado: são, respectivamente, o monitor e o conjunto de teclas/botões que nos permitem visualizar informações e enviar comandos à urna.
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Processo de votação
O processo de votação nas urnas eletrônicas começa quando o eleitor se aproxima da cabine de votação, que é composta por uma tela, um teclado e um identificador biométrico. O eleitor registra seu voto tocando na tela sensível ao toque, onde aparecerão as opções de candidatos, partidos e coligações. Ele pode escolher o candidato digitando o número ou tocando na tela na área correspondente.

A urna eletrônica também oferece a possibilidade de voto nulo ou em branco, bastando para isso que o eleitor opte por essas alternativas na tela. Uma vez que o voto é registrado, a urna emite um “boletim de urna”, um comprovante com os dados da votação, que é guardado de forma sigilosa.
Apuração dos votos
Após o término da votação, a urna eletrônica envia os votos para a apuração. A contagem é realizada em tempo real, e os resultados podem ser divulgados rapidamente, sem a necessidade de apuração manual.
A urna gera automaticamente o total dos votos de cada candidato e partido, e as informações são transmitidas aos sistemas de apuração, onde os resultados finais são consolidados.
O sistema de apuração do Brasil permite que, logo após o encerramento da votação, a contagem dos votos seja feita com precisão e transparência. Além disso, o resultado final é divulgado quase instantaneamente, algo que seria impossível com os métodos tradicionais de apuração.
Segurança das urnas eletrônicas

A segurança das urnas eletrônicas é uma das maiores preocupações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao longo dos anos, o Brasil tem investido em diversas camadas de segurança para garantir que o sistema de votação seja inviolável. Algumas das principais medidas de segurança incluem:
- Criptografia dos dados: todos os votos registrados nas urnas eletrônicas são criptografados, o que significa que, mesmo que alguém consiga acessar os dados, não será possível ler ou manipular os resultados;
- Lacres de segurança: cada urna eletrônica é equipada com lacres físicos que impedem qualquer tentativa de acesso não autorizado ao seu interior;
- Assinatura digital: as urnas eletrônicas possuem sistemas de assinatura digital que garantem que os dados enviados para a apuração sejam autênticos e não tenham sido alterados;
- Auditoria pública: durante o processo eleitoral, o sistema permite a realização de auditorias públicas, nas quais técnicos e especialistas podem verificar a integridade das urnas e dos votos registrados;
- Testes de integridade: antes de cada eleição, o sistema de urnas eletrônicas passa por rigorosos testes de integridade. Os testes são realizados de forma pública e podem ser acompanhados por qualquer cidadão, garantindo a transparência do processo.
Em resumo, as urnas eletrônicas são essenciais para o processo eleitoral brasileiro, garantindo agilidade, transparência e segurança. O funcionamento da urna eletrônica é baseado em tecnologia avançada que permite o registro do voto de forma rápida e precisa, com medidas de segurança para proteger a integridade do processo.
O sistema de votação no Brasil é constantemente auditado e atualizado, o que reforça a confiança da população na confiabilidade do sistema eleitoral.
A urna eletrônica é segura e eficaz, sendo um modelo de referência no mundo todo, e o Brasil continuará a aprimorar suas tecnologias para garantir eleições cada vez mais transparentes e seguras.
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