Nesta quarta-feira (19), véspera do feriado nacional do Dia da Consciência Negra, às 23h48 (pelo horário de Brasília), a Lua alcançará a posição mais distante da Terra ao longo de sua órbita ao redor do nosso planeta – ponto chamado pelos astrônomos de apogeu.
A distância da Lua em relação à Terra varia porque sua órbita não é perfeitamente circular – é ligeiramente oval, traçando um caminho conhecido por elipse. À medida que ela atravessa esse caminho elíptico ao redor do planeta a cada mês, essa distância varia 14%, entre 356.500 km no perigeu (aproximação máxima) e 406.700 km no apogeu.

“Esses valores são médios porque, na prática, variam bastante devido às influências gravitacionais do Sol e dos outros planetas do Sistema Solar” diz Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA), membro da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon) e colunista do Olhar Digital.
O tamanho angular do astro também varia pelo mesmo fator, bem como seu brilho se altera, embora isso seja difícil de detectar na prática, já que as fases da Lua estão mudando ao mesmo tempo. Desta vez, por exemplo, a Lua estará no último dia minguante – a primeira fase do ciclo atual, começando um novo ciclo na quinta-feira (20).
Segundo a plataforma InTheSky.org, o tempo do circuito da Lua entre perigeu, apogeu e perigeu novamente é de 27,55 dias – um período de tempo chamado de mês anomalístico. Isso é um pouco mais do que o período orbital do nosso satélite natural (27,322 dias).

Sobre as fases da Lua
A lua nova marca o início do mês em calendários lunares, como o muçulmano, e nos calendários lunissolares, tais como o judaico, o hindu e o budista.
Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Além das fases principais (nova, crescente, cheia e minguante) a Lua atravessa algumas “interfases” bem definidas.

Entre as fases nova e cheia, primeiro ocorre o quarto crescente, um marco em que exatamente metade do disco lunar aparece iluminada; em seguida, vem a fase crescente gibosa, quando a porção iluminada ultrapassa a metade.
Depois da fase cheia, o brilho da Lua começa a diminuir na minguante gibosa, estágio em que ainda vemos mais da metade iluminada, mas já em declínio; por fim, tem o quarto minguante, outro marco em que somente metade do disco permanece iluminada, antes de seguir para a Lua nova. Entenda esse ciclo em detalhes aqui.
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Veja imagens incríveis da maior Superlua de 2025
A Lua cheia, por si só, já é um convite à contemplação. Mas, neste mês, para tornar o evento ainda mais especial, ocorreu a maior Superlua de 2025 – e as imagens compartilhadas nas redes sociais comprovam a exuberância do espetáculo.
Além disso, ela surgiu no céu muito bem acompanhada: coladinha em um aglomerado estelar aberto chamado Plêiades, também conhecido como Messier 45 (M45) ou “As sete irmãs”.
Naquela noite, o satélite pode ter aparecido quase 8% maior e 16% mais brilhante do que uma Lua cheia típica, seguindo as previsões do guia de observação Starwalk Space. Mas, por quê? Saiba a resposta e veja as imagens clicando aqui.
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