O Google se manifestou sobre a acusação de que ela agora vai acessar o Gmail dos usuários para treinar seus modelos de inteligência artificial (IA). A postagem original do site Malwarebytes Labs sobre o tema viralizou na última semana e aparentemente chamou atenção da própria gigante.
Em comunicado, a empresa negou qualquer alteração nas políticas de privacidade dos usuários ou nos recursos oferecidos pelo cliente de e-mails.
Confira a nota do Google na íntegra:
“Esses relatos são enganosos — nós não mudamos as configurações de ninguém. Os recursos inteligentes do Gmail existem há muitos anos e nós não usamos o conteúdo do Gmail para treinar o nosso modelo de linguagem Gemini AI. Por fim, nós somos sempre transparentes e claros se nós fazemos mudanças em nossos termos e políticas de serviço”.
Relembre a polêmica
- A publicação que originalmente acusou o Google foi publicada na última quinta-feira (20), alegando que mudanças implementadas discretamente nos termos de uso agora permitiam a leitura de mensagens para treinamento de IA;
- Como resultado, vários usuários desligaram a ferramenta nas configurações do e-mail, tanto em contas pessoais quanto em perfis do Google Workspace;
- O próprio Malwarebytes Labs fez uma correção na matéria original ao reconhecer que “contribuiu para uma tempestade perfeita de compreensão equivocada“. O problema estaria na nomeação de funções da plataforma como “Recursos Inteligentes”, um termo que tende a ser relacionado com IA;

- Na descrição, os recursos inteligentes não são detalhados pela empresa, que apenas avisa que a opção ligada por padrão permite que “o Gmail, o Chat e o Meet usem seu conteúdo de vídeo, e-mails e conversas para personalizar sua experiência“;
- Segundo o site, porém, as opções de fato não são novas, mas “a forma com que o Google recentemente reescreveu” o conteúdo fez muita gente acreditar que conteúdos do Gmail de fato estariam sendo usados para treinar o Gemini;
- Além disso, o site reforça que o Google de fato faz uma varredura das mensagens do Gmail para os tais recursos inteligentes. Mesmo não relacionados com IA, eles envolvem fatores como promoção de anúncios direcionados, organização de e-mails em abas e integração com a Agenda, entre outros casos.
O receio do público também se justifica por ações parecidas de outras empresas: a rede social LinkedIn e as plataformas da Meta (dona de Instagram e Facebook) já iniciaram a coleta de informações ou publicações para treinamento das suas IAs próprias.
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