O FSD (Full Self-Driving) é um sistema avançado desenvolvido pela Tesla para dar assistência ao motorista, possibilitando que o veículo dirija sozinho em diversas situações. Durante anos, o cofundador e CEO da empresa, Elon Musk, afirmou que montadoras licenciariam o produto da empresa. Porém, ele admitiu recentemente que isso não acontecerá.
Por meio de uma publicação no X (antigo Twitter), o executivo admitiu que as empresas não desejam licenciar o sistema da Tesla.
“Tentei avisá-los e até me ofereci para licenciar o FSD da Tesla, mas eles não querem! Que loucura… Quando as montadoras tradicionais entram em contato, ocasionalmente discutem timidamente a implementação do FSD para um programa minúsculo daqui a 5 anos, com requisitos inviáveis para a Tesla, então é inútil”, escreveu Musk.
A tese do executivo para acreditar no licenciamento do FSD era a de que a empresa não funcionava apenas como uma montadora de veículos, mas sim uma companhia de IA e robótica. Ele acreditava que a liderança da Tesla rumo à autonomia era muito grande e isso faria com que as empresas não tivessem outra alternativa senão licenciar o FSD para sobreviver no mercado.
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Possíveis negociações ocorridas
A primeira vez em que Musk se pronunciou sobre possíveis negociações para o licenciamento do sistema foi no início de 2021, durante a teleconferência de resultados do quarto trimestre de 2020. O executivo afirmou que havia tido “discussões preliminares” com montadoras.
(Imagem: Frederic Legrand – COMEO / Shutterstock)
Ao longo dos anos, ele seguiu alimentando especulações. Em 2023, por exemplo, ele chegou a fazer uma publicação afirmando estar “feliz em licenciar o Autopilot/FSD ou outras tecnologias da Tesla” para concorrentes.
O auge das especulações ocorreu em abril de 2024, quando ele disse que a Tesla estava negociando com uma grande montadora e que o acordo poderia ser fechado no mesmo ano.
(Imagem: mundissima / Shutterstock.com)
Tesla vem sendo investigada por falhas graves no FSD
Um ponto que muito provavelmente pode ter atrapalhado ainda mais as negociações é que a empresa vem enfrentando uma investigação da Administração Nacional de Segurança do Tráfego Rodoviário dos EUA (NHTSA – sigla em inglês) sobre dezenas de casos nos quais veículos com o software FSD invadiram faixas erradas e avançaram sinais vermelhos, resultando em acidentes e deixando feridos.
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