A OpenAI planeja investir mais de US$ 1,4 trilhão na ampliação de sua infraestrutura de data centers ao longo dos próximos oito anos, um valor que ultrapassa de longe sua capacidade financeira atual.
Como a empresa não dispõe desse montante — e tampouco gera lucro suficiente para sustentá-lo — a continuidade de suas operações dependerá de rodadas expressivas de financiamento.
Segundo o Financial Times, apenas para manter o ritmo de crescimento até 2030, a empresa precisaria levantar cerca de US$ 207 bilhões enquanto ainda opera no vermelho.

Custos gigantescos, projeções ambiciosas
- A estimativa parte de uma análise do HSBC, que avaliou os gastos planejados com computação, energia e infraestrutura, confrontando-os com as receitas projetadas.
- O banco calcula que os custos anuais de data centers podem chegar a US$ 620 bilhões, impulsionados por contratos que superam a capacidade computacional disponível hoje.
- O HSBC prevê ainda que o alcance da OpenAI, atualmente em 800 milhões de usuários, pode subir a três bilhões até 2030, com conversão de 10% para planos pagos — o dobro da taxa atual. Essas projeções são mais otimistas que as internas da empresa.

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Financiamento insuficiente e poucas alternativas
Mesmo com receitas anuais estimadas em US$ 215 bilhões até o fim da década, a conta não fecharia. Para reduzir o déficit, a OpenAI poderia rever metas de infraestrutura ou superar expectativas de faturamento — cenários considerados improváveis.
Outra possibilidade, já ventilada e amplamente criticada, seria buscar apoio governamental, um plano que levanta preocupações sobre o impacto de um eventual fracasso no setor de IA e na economia mais ampla.

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