O Nubank anunciou nesta quarta-feira (3) que pretende obter uma licença bancária no Brasil, em 2026, que permitiria à fintech passar a operar como um banco tradicional. A medida tem relação com a nova regra do Banco Central (BC) que pode obrigar a instituição financeira a mudar de nome.
“A inclusão de uma instituição bancária no conglomerado atende à Resolução Conjunta Nº 17, editada pelo Banco Central e pelo Conselho Monetário Nacional, que disciplinou a nomenclatura das instituições reguladas”, comentou a empresa, em comunicado. Dessa forma, marca e identidade visual do banco digital continuariam as mesmas.
Por que o Nubank pode ser obrigado a mudar de nome?
De acordo com a fintech, a possível obtenção de uma licença bancária não teria qualquer impacto para os mais de 110 milhões de clientes da companhia. Atualmente, ela possui autorização para operar como instituição de pagamento, sociedade de crédito e corretora de valores.
- Por causa disso, pode ser obrigada a trocar de nome, em breve, uma vez que o BC proibiu o uso de termos como “banco” e “bank” por empresas que não têm licença para atuar como banco convencional;
- Segundo a autoridade monetária, o objetivo é aumentar a transparência, permitindo que o consumidor tenha maior clareza quanto aos serviços autorizados em cada instituição;
- A proibição vale para nome fantasia, nome empresarial, marca, internet e quaisquer tipos de comunicação com o público;
- Mas essa norma tem uma exceção, válida para fintechs pertencentes a conglomerados financeiros que possuem ao menos uma empresa com licença bancária.
O Nubank também destacou que cumpre todas as exigências regulatórias e que a possível obtenção da licença para atuar como banco convencional não resultará em alterações materiais nas exigências adicionais de capital e liquidez. Com isso, a solidez e a resiliência financeira continuam inalteradas.
“O Nubank foi fundado há 12 anos e foi responsável pela inclusão de 28 milhões de pessoas no sistema financeiro. Nossa identidade e missão de simplificar a vida dos nossos clientes permanecem iguais”, disse a CEO do Nubank no Brasil, Lívia Chanes.
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