O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) confirmou nesta terça-feira (9) a aprovação de um novo empréstimo para a Eve Air Mobility, de R$ 200 milhões, para apoiar avanços no projeto de carro voador da marca. A subsidiária da Embraer é uma das lideranças globais em iniciativas na área.
Com o financiamento, que inclui recursos do Fundo do Clima (R$ 160 milhões) e da linha Finem (R$ 40 milhões), a startup quer preparar a aeronave elétrica de pouso e decolagem vertical (eVTOL) para a campanha de testes de obtenção do certificado junto à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Desde 2022, o BNDES liberou R$ 1,2 bilhão em créditos à empresa.
Avanços em etapa crítica do programa
Além de possibilitar a preparação para a certificação do veículo inovador junto ao órgão regulador, o empréstimo agiliza o desenvolvimento do sistema de propulsão elétrica. Segundo o CFO da Eve, Eduardo Couto, esta é uma “etapa crítica do programa” do eVTOL.
- O mecanismo é responsável pelo desempenho, segurança e confiabilidade da primeira versão do carro voador da startup;
- Prometendo transformar a mobilidade urbana, o veículo poderá transportar até quatro passageiros, além do piloto, oferecendo espaço para duas malas ou quatro bagagens de mão;
- Ele será impulsionado por oito motores elétricos elevadores nas asas, com alcance de até 100 km sem a necessidade de recarga;
- Os propulsores nas asas também são preparados para aumentar a segurança e a controlabilidade para o voo na vertical, trabalhando em conjunto com o motor traseiro para a navegação horizontal.

“A fabricação do eVTOL é uma inovação disruptiva no conceito de mobilidade urbana, com um veículo que vai conectar os principais pontos das grandes cidades e regiões metropolitanas, com menor emissão de gases de efeito estufa que helicópteros e carros convencionais”, destacou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
Nos financiamentos anteriores, o banco apoiou a construção da fábrica da Eve em Taubaté (SP) e diversas outras etapas do desenvolvimento do carro elétrico que voa. A instituição também fez investimentos diretos na empresa pertencente à Embraer, com aporte de R$ 405,3 milhões, em agosto, por meio da BNDESPar.
Primeiro voo em 2026?
Realizar o voo inaugural do eVTOL da Eve no próximo ano é o objetivo dos envolvidos no projeto. “Queremos que o primeiro voo aconteça em 2026, 120 anos após o voo do 14-Bis, um feito histórico de Santos Dumont e legado para o mundo”, afirmou Mercadante, em comunicado.
A startup já comentou que o voo do protótipo em escala real está perto de acontecer, porém não forneceu um prazo mais exato. Até o momento, a empresa tem 2,8 mil pedidos de encomendas, de nove países, que podem render US$ 14 bilhões, o equivalente a R$ 76 bilhões pela cotação do dia.
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