Os bons tempos do Twitter podem voltar em breve. Ao menos é isso que deseja um projeto encabeçado por dois advogados que pretendem adquirir a marca da antiga rede social e relançar a plataforma do zero.
Como relata o site Arstechnica, a iniciativa se chama Operation Bluebird, em referência ao clássico símbolo do passarinho azul que por anos foi a logo do Twitter. A ideia da startup ainda em fase de estruturação é, caso tudo ocorra como o planejado, colocar o site para funcionar no final de 2026.
Como a marca Twitter pode ser recuperada?
Os responsáveis pela operação de resgate do Twitter são Michael Peroff, um advogado especializado em marcas e propriedade intelectual, e Stephen Coates, que até prestou serviços para o time jurídico do Twitter anteriormente.
A dupla alega que Elon Musk “abandonou efetivamente” os nomes Twitter e tweet depois que a plataforma foi comprada e mudou a identidade visual para X, sem interesse demonstrado em continuar o uso da marca.
Por isso, eles iniciaram uma petição no US Patent and Trademark Office, que é o órgão responsável por patentes e marcas dos Estados Unidos, para cancelar o registro do X e tornar ambos os nomes disponíveis novamente.
- Musk comprou o Twitter em 2022 por US$ 44 bilhões, depois de quase desistir da negociação e ser praticamente obrigado a fechar o acordo;
- Um ano depois, o próprio bilionário confirmou que a ideia era “dar adeus para a marca do Twitter e, gradualmente, todos os pássaros” — o que serve como evidência do suposto abandono;
- Ele fez a troca de toda a identidade visual da plataforma para “X”, uma marca que já era do empresário há anos e hoje também batiza a empresa de inteligência artificial de Musk, a x.AI;
- O site twitter.com só foi aposentado recentemente e, agora, direciona direto os usuários para o domínio do X.com;
De acordo com os responsáveis pela Operation Bluebird, a ideia é restaurar a “praça pública” do Twitter original, além de se aproximar de marcas e celebridades para que eles também abracem a iniciativa e manter o espaço organizado e confiável — ponto que é justamente uma das maiores críticas da gestão de Musk no X.
Os advogados citam ainda que o momento é ideal, já que outras plataformas parecidas “sem a escala ou a marca” do antigo Twitter foram criadas para tentar preencher esse espaço. É o caso de nomes como Threads e Bluesky, por exemplo.

Mesmo sem previsão de resultado sobre o uso da marca, o grupo já lançou um site chamado twitter.new e até abriu uma reserva de nomes de usuário para quem quiser garantir a “@” no futuro site.
Especialistas em leis dos EUA consultadas pelo Arstechnica acham que a mudança é difícil, já que o X pode provar que ainda usa a marca original de alguma forma e ao alegar que ela ainda é associada ao site de Musk. Porém, é possível que o pedido seja transformado em uma disputa judicial.
Você sabe quais são todas as empresas do grupo de Elon Musk? Confira a resposta nesta matéria!
