A empresa Ookla divulgou um levantamento de maiores apagões do mundo em 2025, baseado em relatos de milhões de usuários registrados no Downdetector durante o ano. A análise mostra como as falhas mais impactantes nasceram em camadas centrais da infraestrutura digital – como nos serviços em nuvem – e se espalharam por plataformas de vídeo, jogos e comunicação.
Globalmente, o destaque ficou com o apagão na Amazon Web Services (AWS), em outubro, que durou o dia todo. Já na América Latina, a queda no YouTube, também em outubro, foi ainda maior.

Os maiores apagões do mundo em 2025
O levantamento usou dados do Downdetector, plataforma que monitora o funcionamento de sites e aplicativos a partir de relatos de usuários.
O retrato de 2025 confirma um padrão: quando a base da internet falha – nesse caso, os provedores em nuvem -, o resto vai junto. A interrupção da AWS por mais de 15 horas evidenciou isso ao paralisar, de uma só vez, cadeias inteiras de serviços. No Brasil, as quedas incluíram serviços do Mercado Livre, Mercado Pago, Duolingo e da própria Amazon.
A Cloudflare foi outro caso. Em novembro, um problema técnico na plataforma, que fornece serviços de segurança e conectividade para sites e aplicativos, deixou partes da internet fora do ar durante a manhã. Veja os detalhes aqui.
Veja o ranking dos maiores apagões de 2025 mundialmente:

O caso da PlayStation, em julho, também foi emblemático. A queda prolongada, causada por uma falha interna, deixou usuários sem acesso a grandes jogos por mais de um dia.
Maiores apagões na América Latina
O levantamento da Ookla também trouxe dados específicos da América Latina. Por aqui, o caso mais impactante foi o do YouTube, em outubro deste ano. Na ocasião, a interrupção nos serviços da plataforma de vídeos recebeu 183.672 relatos na região.
Quedas no WhatsApp (em fevereiro, com 87.265 relatos) e no Banco Itaú (em outubro, com 73.745 notificações) também foram destaque.
A análise apontou que, no caso do Itaú, a falha evidenciou uma “grave perturbação no setor bancário e financeiro”. Já o WhatsApp teve outra queda relevante apenas dois meses depois, em abril, mostrando uma repetição nos problemas.
Veja o ranking:

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Outras regiões
Veja o top 3 de cada região.
Estados Unidos e Canadá:
- PlayStation (julho): 1,6 milhão de registros;
- YouTube (outubro): 1,5 milhão de registros;
- AWS (outubro): 1,2 milhão de registros.
Europa:
- PlayStation (julho): 1,7 milhão de registros;
- Snapchat (outubro): 990 mil registros;
- Vodafone UK (outubro): 833 mil registros;
Ásia-Pacífico:
- X/Twitter (março): 645 mil registros;
- Snapchat (outubro): 400 mil registros;
- X/Twitter (maio): 267 mil registros.
Oriente Médio e África:
- Du (em fevereiro): 28 mil registros;
- Cloudflare (novembro): 28 mil registros;
- Snapchat (outubro): 26 mil registros.
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