Viagens no tempo são comuns na ficção científica. O que muita gente não sabe é que existem estudos reais sobre ela. O físico alemão Albert Einstein tratou sobre o assunto em sua Teoria da Relatividade.
Segundo ele, quanto mais rápido um corpo se move, mais lenta é a passagem do tempo para ele. E essa hipótese se confirmou com uma experiência realizada pelo astronauta americano Scott Kelly, que passou quase um ano no espaço. Exames mostraram que ele envelheceu cerca de 8,6 milissegundos menos do que o seu irmão gêmeo que permaneceu na Terra.
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Ok, não é tanto tempo assim, mas imagine viajar a velocidades ainda mais rápidas e por períodos maiores. Haveria, então, uma diferença significativa entre os irmãos.
Outros pesquisadores continuaram estudando os conceitos depois de Einstein e cientistas acreditam hoje estar mais próximos de desvendar o segredo para viagens no tempo. A chave, segundo eles, pode estar em estruturas teóricas chamadas cordas cósmicas.

O que são as cordas cósmicas?
- São estruturas teóricas, ou seja, que os cientistas acreditam existir, embora não haja provas definitivas sobre sua existência.
- Essas cordas seriam como fios invisíveis ao olho nu, porém com a massa de milhares de estrelas – e com uma extensão que pode ter o tamanho do próprio Universo.
- Existem duas teses principais sobre a origem dessas cordas (se elas realmente existirem).
- A primeira é que elas seriam responsáveis por toda matéria que existe.
- O universo, segundo essa teoria, seria um composto de muitos trilhões de minúsculas cordas vibrantes.
- Outros especialistas imaginam essas estruturas como uma espécie de cicatriz do universo primordial.
- No início, tudo seria muito quente e todas as forças da Física seriam uma coisa só.
- Quando as coisas se resfriaram, surgiram essas marcas, similares às rachaduras que aparecem quando a água congela.
- Vale destacar que tudo isso está no campo teórico, inclusive a possibilidade da viagem no tempo.
- Em entrevista à BBC, o físico americano J. Richard Gott explicou que, se duas cordas cósmicas se movessem próximas à velocidade da luz, poderiam criar um loop no espaço-tempo.
- Esse loop funcionaria como um buraco de minhoca, abrindo uma passagem para o passado ou para o futuro.

Algumas teorias
Essas cordas, segundo a teoria, poderiam curvar o espaço-tempo ao seu redor de forma tão intensa que permitiriam esses “atalhos temporais”.
Seria algo parecido com que trouxe o filme Interestelar. A viagem no tempo “real” nada teria a ver, portanto, com o carro hiper veloz de De Volta para o Futuro, ou com o “vira-tempo” de Harry Potter. Ou ainda a banheira de hidromassagem da comédia A Ressaca.
A ideia, apesar de teórica, está sendo levada cada vez mais a sério por alguns especialistas. Isso por causa de observações espaciais.
Se existissem, as cordas cósmicas poderiam distorcer a luz de objetos distantes, criando imagens duplicadas ou distorcidas. A esse fenômeno os cientistas deram o nome de lente gravitacional. Lentes que já foram observadas por alguns satélites e telescópios.

Tudo ainda está no campo da Física teórica. Os cientistas, porém, parecem ter achado um caminho nesse sentido. E talvez um dia, com o avanço da tecnologia, possamos gerar energia suficiente para uma viagem dessas proporções.
Texto feito com base em uma reportagem do Olhar Digital de 21/11/2024.
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