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A criatividade como combustível do aprendizado e da felicidade

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A criatividade é uma das características mais marcantes das crianças. Isso fica claro desde os primeiros meses de idade, quando querem tocar tudo o que veem, passando pela fase dos porquês, até chegar ao momento em que ganham autonomia para decidirem o que querem. A médica e educadora Maria Montessori defende que a curiosidade é um impulso para aprender e por isso não podemos deixar que nossos receios sejam um obstáculo para o aprendizado das crianças.

Muitos pesquisadores e psicólogos concordam que é na infância que acontece o auge da criatividade no ser humano e que isso vai se perdendo com o avanço da idade e a assimilação de regras e condutas sociais. Porém, a criatividade ainda é uma das habilidades mais desejadas pelos gestores na hora da contratação, segundo pesquisa da Korn/Ferry. Além disso, outros estudos mostram que adultos que realizam atividades criativas se sentem mais felizes.

Então, como estimular a continuidade dos processos criativos sem deixar que se percam com as limitações que as tarefas cotidianas impõem? Será possível encontrar um equilíbrio entre a criatividade e o excesso de regras que nos tornam pessoas rígidas?

Essas perguntas vão ao encontro de uma pesquisa realizada pelo Wise (World Innovation Summitt for Education), da Fundação Catar, que afirma que até 2030 a maior parte do ensino será personalizada, ou seja, vai acompanhar o ritmo e os interesses de cada aluno. No estudo, 93% dos pesquisadores apontam que a inovação social, tecnológica e pedagógica serão a chave para o avanço educacional nos próximos anos.

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Felizmente, a aprendizagem centrada no aluno já é uma realidade em muitas instituições e essa tendência deve crescer nos próximos anos. Assim, a personalidade, história de vida e aspectos sociais e individuais de cada criança são considerados pelos professores, que têm papel de tutores, promovendo não só a facilidade no aprendizado, mas também o estímulo a características importantes como autonomia, segurança e criatividade.

Uma pesquisa do Institute for The Future, em parceria com a Dell Technologies, prevê que 85% das profissões de 2030 ainda não existem hoje. Então, como preparar os pequenos de hoje para esse futuro se continuarmos impondo a eles as mesmas limitações que reprimem suas capacidades criativas?

Mais do que nunca é preciso despertar o interesse e estimular os pequenos para atividades extracurriculares em áreas como ciências e artes, que atualmente estão desenvolvendo o ensino com base na filosofia de fazer crianças criadoras, inspirando-as a explorar e fazer aplicativos móveis, sites, jogos, música e arte.

Neste cenário, o ensino de programação, que tem como principal objetivo fazer com que os alunos aprimorem o raciocínio lógico e desenvolvam habilidades que os capacitem a lidar com os desafios do presente e do futuro, desponta como solução para o desenvolvimento de inúmeras competências. Outro exemplo é o ensino da música, importante para a integração e bom convívio social, auxiliando ainda no desenvolvimento da fala, da respiração, da autoestima e do próprio desenvolvimento cognitivo da criança.

Novas abordagens de ensino podem gerar dúvidas em um sistema educacional tão consolidado, mas são necessárias. Dar ferramentas para que as crianças descubram outras formas de aprender e sejam protagonistas do seu próprio futuro é fundamental para o formar o profissional criativo tão necessário hoje e sempre.

Roberto Moreno é Diretor de Educação da BYJU’S no Brasil

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