A natureza brasileira guarda segredos fascinantes, e um dos mais impressionantes é a capacidade da suaçubóia de alterar sua aparência completamente para sobreviver na floresta.
Como funciona a mudança de cor na suaçubóia
A Corallus hortulanus, popularmente conhecida como suaçubóia, utiliza um mecanismo biológico chamado metacrose para adaptar sua pele às variações de luminosidade do ambiente.
Um estudo detalhado sobre o comportamento desta espécie, disponível na plataforma PubMed, explica que essa transformação não é apenas estética, mas uma ferramenta vital de termorregulação e proteção.
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☀️
Período diurno
Durante o dia, a serpente apresenta cores mais claras e tons pálidos, o que ajuda a refletir a radiação solar e evitar o calor excessivo.
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🌙
Período noturno
Com a chegada da noite, os pigmentos se espalham pelas células, tornando a pele mais escura para facilitar a absorção de calor e a camuflagem nas sombras.
O papel do sistema nervoso na transformação
Diferentemente de outros animais que mudam de cor para se comunicar, a suaçubóia responde diretamente a estímulos luminosos e térmicos controlados pelo seu sistema nervoso. Células especializadas chamadas cromatóforos se expandem ou se contraem em questão de horas, permitindo que o animal “troque de roupa” sem esforço consciente, garantindo que ela esteja sempre em equilíbrio com o ecossistema ao seu redor.
inteligência artificial-ChatGPT/Olhar Digital)
Comparação entre os estados da serpente
Para entender melhor como essa transição afeta o cotidiano do animal, podemos observar as diferenças fundamentais entre os dois estados fisiológicos que ela assume ao longo de um ciclo de 24 horas.
Dia — Luz Intensa
Tonalidade da pele: Pálida / Amarelada
Vantagem biológica: Reflexão do calor e maior proteção térmica sob alta incidência solar.
Noite — Escuridão
Tonalidade da pele: Escura / Amarronzada
Vantagem biológica: Camuflagem eficiente para caça e melhor absorção térmica.
A importância da camuflagem para a sobrevivência
Essa habilidade mestre de disfarce coloca a suaçubóia em uma posição privilegiada na cadeia alimentar. Ao conseguir se mesclar perfeitamente com a folhagem seca ou com a casca das árvores, tanto sob o sol forte quanto sob a luz do luar, ela minimiza as chances de ser detectada por predadores naturais, como aves de rapina, enquanto permanece invisível para suas presas até o momento do ataque.
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