Os legisladores da Califórnia aprovaram o Projeto de Lei do Senado 682, que prevê a eliminação gradual dos PFAS — apelidados de “produtos químicos eternos” — de utensílios de cozinha, produtos de limpeza, embalagens de alimentos, fio dental, cera de esqui e itens infantis.
Agora, a proposta segue para o governador Gavin Newsom, que tem até 12 de outubro para sancioná-la.
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Químicos podem causar diversos problemas de saúde
Usados há décadas por sua resistência ao calor e à água, os PFAS, uma vasta família de mais de 4.700 compostos sintéticos, se acumulam no corpo e no meio ambiente, motivo pelo qual são chamados de “permanentes” ou “eternos”.
Estudos os associam a câncer, problemas hepáticos, renais e reprodutivos. De acordo com o CDC, quase todos os americanos têm algum nível dessas substâncias no sangue.
Implementação e debate
- Se aprovada, a lei será aplicada em fases: utensílios de cozinha precisarão se adequar até 2030, produtos de limpeza até 2031 e os demais itens até 2028.
- A medida divide opiniões. Chefs como Rachael Ray, Thomas Keller e David Chang alertam que banir panelas de Teflon pode encarecer o preparo de alimentos.
- Já grupos ambientais, como o Conselho de Defesa dos Recursos Naturais, afirmam que esses produtos podem liberar PFAS quando arranhados ou superaquecidos. O ator Mark Ruffalo apoiou publicamente o projeto.
Se sancionada, a lei tornará a Califórnia um dos primeiros estados a banir os PFAS de utensílios de cozinha.
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