O boom da inteligência artificial abriu diversas novas oportunidades para as mais diferentes áreas, mas também pode provocar um colapso global. Isso porque os data centers e chatbots de IA consomem energia mais rápido do que novas usinas podem ser construídas.
Apenas nos Estados Unidos, as contas de eletricidade devem aumentar mais de 20% nas áreas cobertas pela PJM Interconnection. Esta rede atende 67 milhões de clientes e alguns governantes já ameaçam abandonar a estrutura em função dos gastos.
IA provocou um desequilíbrio
- Os problemas começaram há cerca de um ano, quando a PJM aumentou os preços de forma expressiva.
- Segundo a rede, a medida foi necessária em função dos investimentos necessários para evitar apagões.
- E a grande responsável pelo crescimento na demanda é a inteligência artificial.
- Agora, um novo reajuste se aproxima.
- Segundo reportagem da Reuters, este cenário ligou um sinal de alerta para a necessidade de construção de novas usinas de energia.
- Mas há um obstáculo: isso exige muito dinheiro e não acontece de forma tão rápida quanto o mundo precisaria.
- A preocupação com a falta de energia é tanta que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, determinou que duas usinas de petróleo e gás natural na Pensilvânia, que seriam desligadas em maio, continuassem a operar.
Leia mais
- As IAs consomem água e energia. Veja como usá-las de forma ‘econômica’
- IBM lança nova linha de chips que promete simplificar IA
- IA consome demais: Trump quer plano emergencial para energia nos EUA
Demanda por energia vai continuar aumentando
Segundo a PJM, a crise de oferta foi causada por fatores fora de seu controle. Ela citou políticas estaduais de energia que fecharam usinas movidas a combustíveis fósseis prematuramente e o crescimento do consumo por data centers no país.
Segundo um porta-voz da rede, “os preços permanecerão altos enquanto o crescimento da demanda estiver superando a oferta – esta é uma política econômica básica. No momento, precisamos de todos os megawatts que pudermos obter”.
Novos projetos totalizando cerca de 46 gigawatts, uma capacidade suficiente para abastecer 40 milhões de residências, até foram liberados nos últimos anos. O problema é que nenhuma dessas obras começou em função de entraves burocráticos.
Ao mesmo tempo, a PJM perdeu mais de 5,6 gigawatts na última década em função do fechamento de algumas usinas. Enquanto isso, a demanda por data centers está aumentando. Até 2030, a rede espera um aumento de 32 gigawatts na demanda. E há dúvidas se haverá energia suficiente para isso.
O post Alimentar as IAs já está ficando difícil apareceu primeiro em Olhar Digital.