A Amazon anunciou o lançamento oficial do Projeto Rainier, um dos maiores clusters de computação para inteligência artificial já construídos.
A empresa confirmou que a Anthropic, desenvolvedora do modelo Claude, utilizará mais de 1 milhão de chips Trainium2 — projetados internamente pela Amazon Web Services (AWS) — até o fim de 2025.
O anúncio reforça a estratégia da companhia de dominar a infraestrutura por trás da revolução da IA generativa.
Uma montanha de poder computacional
- Batizado em homenagem ao Monte Rainier, o imponente vulcão próximo a Seattle, o projeto reflete a escala ambiciosa de sua inspiração.
- Distribuído por vários data centers nos Estados Unidos, o Rainier reúne quase meio milhão de chips Trainium2, sendo 70% maior do que qualquer sistema de computação de IA anterior da AWS.
- “O Projeto Rainier é um dos empreendimentos mais ambiciosos da AWS até hoje”, disse Ron Diamant, engenheiro sênior e arquiteto-chefe do Trainium.
- Segundo ele, o cluster marca “a próxima geração de modelos de inteligência artificial”.
- Cada Trainium2 é capaz de realizar trilhões de cálculos por segundo, permitindo que tarefas de treinamento que levariam milênios para um ser humano sejam concluídas em instantes.
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Expansão, cortes e foco na IA
A concepção do Rainier começou em 2023, pouco depois do lançamento do ChatGPT. Desde então, a Amazon investiu US$ 11 bilhões na construção do complexo em Indiana — o maior investimento de capital da história do estado.
O projeto já conta com sete edifícios operacionais e deve chegar a 30 instalações, consumindo mais de 2,2 gigawatts de energia, suficiente para abastecer 1,6 milhão de casas.
O lançamento ocorre em meio a 14 mil demissões na Amazon, parte de uma reestruturação para direcionar recursos à inteligência artificial e ao desenvolvimento dos chips Trainium.
A empresa aposta que o Rainier será o motor de uma nova era de computação em nuvem voltada à IA — e um trunfo estratégico frente a rivais como Microsoft, Google e Nvidia.
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