O Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara dos Estados Unidos está investigando a Amazon por possíveis práticas trabalhistas abusivas durante situações climáticas extremas, como furacões, tempestades, tornados, entre outras. Segundo denúncias, a empresa não prioriza a saúde dos funcionários e coloca a vida de muitos em risco.
“Estamos preocupados com relatos recentes de que a Amazon pode estar colocando em risco a saúde e a segurança de seus trabalhadores, inclusive exigindo que eles trabalhem em condições perigosas durante tornados, furacões e outros climas extremos”, escreveu em carta a presidente do Comitê, Carolyn B. Maloney.
Mortes durante tornado
A investigação se concentra no tornado de dezembro de 2021, que atingiu a estação de entrega da Amazon em Edwardsville, Illinois, matando seis pessoas. As vítimas eram entregadores terceirizados e não contavam com uma sala segura contra tornados.
Denúncias apuradas pelo Comitê revelam que galpão da Amazon não tinha sala de proteção contra tornados quando seis terceirizados morreram, em dezembro de 2021. Imagem: Shutterstock
Nos relatos recebidos pelo Comitê, há informações de que um motorista subcontratado foi orientado pela empresa a continuar entregando os produtos, mesmo durante a tempestade.
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Amazon se defende
Já a Amazon nega as acusações e informou, por nota, que o parceiro não seguiu os protocolos de segurança.
“Nosso foco continua sendo apoiar nossos funcionários e parceiros, as famílias que perderam entes queridos, a comunidade ao redor e todos os afetados pelos tornados”, disse Kelly Nantel, porta-voz da Amazon, em comunicado. “Responderemos a esta carta oportunamente.”
As práticas trabalhistas da Amazon estão sob crescente escrutínio à medida que cresce e se torna o segundo maior empregador privado do país, ficando atrás somente do Walmart.
A empresa emprega 1,1 milhão de trabalhadores diretamente nos Estados Unidos, além de muitos terceirizados.
Via: The New York Times
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