A Amazon divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre com números acima das expectativas do mercado, impulsionando otimismo sobre o desempenho recente da companhia. No entanto, a projeção de lucro operacional para o trimestre atual ficou aquém do esperado por analistas, o que gerou reação negativa imediata: as ações da empresa caíram mais de 3% nas negociações após o fechamento do mercado nesta quinta-feira (31).
De acordo com os dados apresentados, a empresa registrou um lucro por ação de US$ 1,68, superando com folga a estimativa de US$ 1,33 feita por analistas consultados pela LSEG. A receita total do período alcançou US$ 167,7 bilhões, também acima dos US$ 162,09 bilhões previstos. O resultado representa um crescimento anual de 13%, superior à expansão de 10% registrada no mesmo período do ano passado.
Segmentos em destaque: AWS e publicidade
Entre os segmentos acompanhados com atenção por investidores, o Amazon Web Services (AWS) teve desempenho em linha com as expectativas, gerando US$ 30,87 bilhões em receita, ligeiramente acima dos US$ 30,8 bilhões estimados. Já o setor de publicidade da companhia apresentou crescimento expressivo, com receita de US$ 15,7 bilhões — bem acima da projeção de US$ 14,9 bilhões, segundo dados da StreetAccount.

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Previsões moderadas pesam sobre ações
- Apesar do bom desempenho recente, a empresa sinalizou cautela para os próximos meses.
- Para o terceiro trimestre, a Amazon projeta lucro operacional entre US$ 15,5 bilhões e US$ 20,5 bilhões, intervalo considerado abaixo da mediana das estimativas de analistas, que apontava para US$ 19,48 bilhões.
- A expectativa de receita para o mesmo período é de US$ 174 bilhões a US$ 179,5 bilhões, o que representa um crescimento de 10% a 13% em relação ao ano anterior.
- A previsão fica levemente acima da média de US$ 173,1 bilhões apontada por analistas da StreetAccount.
- Pelo segundo trimestre consecutivo, a empresa destacou que tarifas e políticas comerciais continuam sendo fatores de risco para suas projeções.
- As diretrizes do presidente Donald Trump em relação ao comércio exterior podem impactar diretamente a operação de varejo da gigante americana, ainda que o consumo interno tenha se mostrado mais sólido do que o esperado.
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