Antes de ser desativada, Estação Espacial Internacional atinge feito inédito

Faltando cerca de cinco anos para se aposentar, a Estação Espacial Internacional (ISS) atingiu um feito inédito: todas as oito portas de acoplamento estão ocupadas ao mesmo tempo.

O marco ocorre enquanto a NASA e outras agências espaciais mantêm a plataforma plenamente ativa até sua aposentadoria, no fim de 2030.

ISS está com todas as oito portas ocupadas (Imagem: NASA/Reprodução)

Estação Espacial Internacional atinge novo feito inédito

A ISS opera continuamente desde 2000, servindo como um laboratório no espaço. No entanto, no final desta década, a vida útil de alguns equipamentos chega ao fim e forçará a aposentadoria da nave, em 2030, e sua reentrada controlada no Oceano Pacífico, em 2031 (mais detalhes abaixo).

Poucos anos antes de se aposentar, a Estação Espacial Internacional segue atingindo feitos inéditos. A NASA anunciou que, pela primeira vez na história do complexo orbital, todas as suas oito portas de acoplamento estão ocupadas simultaneamente.

As oito naves acopladas são:

  • Duas naves Dragon da SpaceX (uma de carga e outra tripulada);
  • Uma Cygnus XL (reabastecimento);
  • Uma HTV-X1 da JAXA (carga);
  • Duas Soyuz (tripuladas) da Roscosmos;
  • Duas Progress (carga) da Roscosmos.

A última manobra envolveu a Cygnus XL, que foi removida e reacoplada remotamente pelo controle da missão em Houston, com apoio do braço robótico da ISS.

Com isso, as oito posições estão ocupadas. A configuração é temporária e reflete a cadência normal de chegadas e partidas enquanto a plataforma se aproxima do fim da vida útil.

ISS será aposentada em 2030 (Créditos: Paopano/Dotted Yeti – Shutterstock. Edição: Olhar Digital)

ISS vai se aposentar – mas e até lá?

Os primeiros módulos da ISS foram lançados em 1998. Ao encerrar as operações em 2030, a estrutura estará dois anos além da vida útil que se previu originalmente, o que limita a segurança para seguir operando. O plano é conduzir uma reentrada controlada no início de 2031 sobre uma área remota do Oceano Pacífico.

Mas, até 2030, a rotina segue intensa:

  • A Cygnus deve permanecer acoplada ao menos até março de 2026, quando se separará para descartar cerca de 11 mil libras de lixo e itens sem uso, queimando na atmosfera;
  • A atual Expedição 73, com 10 tripulantes, está focada em pesquisas de biologia e física, e se prepara para deixar a ISS no início da próxima semana;
  • Na semana passada, três novos membros chegaram à Estação a bordo da nave Soyuz MS-28: o astronauta da NASA Chris Williams e os cosmonautas Sergey Kud-Sverchkov e Sergei Mikaev. Eles devem ficar por lá até julho de 2026, estudando os efeitos do espaço na microcirculação de mãos e pés;
  • Na próxima semana, a tripulação deve voltar a sete integrantes e iniciar a Expedição 74, com a partida de três membros em 8 de dezembro, mantendo a sequência de revezamentos até o encerramento das operações.
Cápsula Souyuz-MS28 acoplando na Estação Espacial Internacional na semana passada (Crédito: NASA TV)

E depois da aposentadoria?

Depois da aposentadoria da Estação Espacial Internacional, não deve haver uma substituição direta. A NASA está apoiando o desenvolvimento de estações comerciais em órbita baixa e concentra recursos no programa Artemis e na Lunar Gateway, com foco na Lua.

Leia mais:

Um dos exemplos de estação comercial é a Haven-1, da Vast, prevista para 2026. Ela terá cerca de 45 m³ de volume pressurizado, muito menor que os aproximadamente 900 m³ da ISS, e deve servir como plataforma comercial e de testes.

O Olhar Digital deu mais detalhes sobre a era pós-ISS neste link.

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